Uma adolescente de Campo Grande, no Mato Grosso, foi morta asfixiada com uma coleira de cachorro pelo namorado, que teria se irritado com a saia que a vítima usada e com o jeito que ela dançava. O caso aconteceu na madrugada do último sábado (30), porém, desde segunda-feira (1°), o corpo de Jheniffer Cáceres de Oliveiras, de 17 anos, aguarda no Instituto Médico e Odontológico Legal (Imol) para ser reconhecido.
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Jheniffer morava em Sidrolândia, trabalhava como babá e vivia há um ano e quatro meses com o auxiliar de serralheria Paulo Eduardo dos Santos, de 18 anos. Após o corpo da adolescente asfixiada ser encontrado, o agressor foi apontado como principal suspeito pelos vizinhos e confessou o crime após ser preso.
De acordo com a Polícia Civil, a equipe encontrou o corpo da adolescente enrolado em um cobertor no chão da casa onde morava com o namorado. A denúncia teria vindo dos vizinhos que reclamaram do mau cheiro para a Polícia Militar, dois dias depois do ocorrido.
Santos foi encontrado pelos policiais sentado ao pé de uma árvore e afirmou estar “pensando na vida”. Após ser levado para prestar depoimento, o jovem contou que os dois discutiram na noite de sexta-feira (29), enquanto estavam em um bar. Primeiro, o agressor teria se irritado com a saia que Jheniffer usava e com o jeito como ela dançava. Depois, em outro bar, Santos ainda teria iniciado outra discussão, pelo fato de a namorada estar conversando com outro rapaz.
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Alegando legítima defesa, o detido contou que sofreu ameaças da mulher , que teria avançado em sua direção empunhando uma vassoura e uma faca. Foi nesse momento que, segundo os policiais, Santos tentou enforcar a adolescente com as mãos, depois chegou a usar um fio de celular, que arrebentou, e por último asfixiou Jhenifer com uma coleira de cachorro.
Santos ainda teria dormido ao lado do corpo da vítima e ido trabalhar logo depois, dando a desculpa de que o mau cheiro vinha do cachorro que havia morrido. O agressor responde por homicídio doloso, qualificado por feminicídio , emprego de meio cruel e motivo fútil, além de ocultação de cadáver.
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Enquanto isso, o Conselho Tutelar segue em busca de parentes da adolescente asfixiada , já que a mãe morreu há alguns anos e o pai é desconhecido. Caso ninguém seja encontrado, o sepultamento da jovem deve ser pago pelo município.