Condenada a 39 anos de prisão pelo assassinato dos próprios pais, a detenta Suzane von Richthofen perdeu o direito às saídas temporárias, que vinha gozando desde março de 2016, após ter sido flagrada em uma festa durante a "saidinha" de Natal de 2018.
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Por decisão assinada nesta terça-feira (12) pela juíza do caso, Wania Regina da Cunha, o benefício foi suspenso pela Vara de Execuções Criminais (VEC) de Taubaté, cidade do interior paulista. Com isso, Suzane von Richthofen perdeu o direito de aproveitar as três próximas "saidinhas": Páscoa, Dia das Mães e Dia dos Pais.
Em 31 de outubro de 2002, seus pais foram mortos a pauladas enquanto dormiam. Os assassinatos foram planejados pela detenta e executados pelo então namorado da jovem, Daniel Cravinhos de Paula e Silva, e pelo irmão dele, Cristian Cravinhos de Paula e Silva. Os três foram condenados pelo crime. Hoje, Suzane
cumpre pena na penitenciária de Tremembé, também em São Paulo.
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Suzane nasceu em uma família de classe média alta de São Paulo. Ela e o irmão, Andreas, moravam com os pais, Manfred, engenheiro, e Marísia, psicanalista, em uma casa no Campo Belo. Estudante de direito na PUC, a jovem, então com 18 anos, namorava Daniel, de 21, havia três anos. De nível sócio-econômico inferior, Daniel não trabalhava, não estudava, e os dois usavam drogas.
A medida assinada nesta terça anula uma decisão anterior da juíza plantonista Sueli Zeraik, que – no fim do ano passado – entendeu que não havia irregularidade no ato de Suzane em ir para a festa natalina e manteve o benefício, deixando que a sua saída temporária
de fim de ano fosse autorizada. Para a juíza plantonista, a detenta poderia chegar ao endereço informado até as 21h.
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Na nova decisão, a juíza Wania afirmou que o caso de Suzane von Richthofen foi agravado pela fato da detenta já ter informado um endereço falso na saída de Dia das Mães, no ano de 2016. Com tais decisões, a detenta deverá sair da prisão novamente apenas no Dia das Crianças, em 12 de outubro.