Os metroviários de São Paulo vão decidir em assembleia geral nesta segunda-feira (4) se vão paralisar as atividades na terça-feira (05) em protesto a medidas do Metrô que pretende retirar benefícios dos trabalhadores e terceirizar o transporte. A reunião acontece na sede do sindicato, a partir das 18h30.
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Caso mantenham a posição do sindicato, os metroviários prometem não trabalhar durante toda a terça-feira (5), o que significa que a população paulistana não poderá utilizar o transporte de metrô no período. A prefeitura de São Paulo, bem como o governo do Estado, ainda não apresentaram meios para sanar a ausência do transporte metroviário.
A greve foi motivada após o acidente no dia 29 de janeiro, quando dois trens se chocaram na Linha 15-Prata, parando as atividades por horas. Os metroviários afirmam não terem recebido apoio necessário da empresa diante das reclamações dos usuários, bem como se sentiram inseguros.
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Leia a nota oficial do Sindicato dos Metroviários de São Paulo:
A categoria está em luta contra os ataques da empresa na tentativa de retirar direitos, privatizar e terceirizar ainda mais o transporte público . Foram realizadas setoriais nas áreas, reuniões, atos, uso de adesivo contra a privatização e retirada de uniformes na Operação.
O grave acidente ocorrido no dia 29/1, com o choque de dois trens na Linha 15-Prata do Monotrilho, expõe as condições de risco que os trabalhadores e a população sofrem nessa linha. Estações foram entregues às pressas e com vários problemas de segurança, sem acabamento e iluminação.
Outra medida do Metrô que revoltou os trabalhadores ocorreu com a demissão injusta do Operador de Trem Joaquim José. Funcionário há 33 anos e diversas vezes elogiado pelos serviços prestados, foi demitido por justa causa sem qualquer apuração após agir em um incidente na Linha 1-Azul.