Os preços das passagens do Metrô de São Paulo e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) serão reajustados a partir deste domingo (13). A informação já havia sido publicada na edição de quinta-feira (3) do Diário Oficial do estado de São Paulo, onde consta que o valor vai subir de R$ 4 para R$ 4,30.
Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM), além do aumento no preço da tarifa básica do transporte público por trens e nas passagens do Metrô , a integração, entre trilhos e ônibus, vai de R$ 6,96 para R$ 7,48.
Na quinta-feira o novo governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), também havia confirmado o aumento. Segundo ele e a STM, o alta no valor da tarifa sobre trilhos é baseada na inflação acumulada em 2018, de acordo com o IGP-M, e reflete também o incremento dos custos operacionais e de recursos humanos das empresas.
As gratuidades para idosos, estudantes, portadores de necessidades especiais e desempregados vão ser mantidas. Hoje, com o Bilhete Único , o passageiro paulistano tem o direito de fazer três viagens de ônibus no intervalo de três horas na capital paulista. Diariamente, 9,5 milhões de passageiros utilizam os 14 mil ônibus que circulam pela cidade.
Na capital paulista, os trens e o Metrô são responsabilidade do governo estadual e os ônibus, da prefeitura. Em dezembro, a Secretaria Municipal de Transportes também anunciou aumento na tarifa básica dos ônibus a partir do dia 7 de janeiro. A tarifa, assim como a sobre trilhos, passará de R$ 4 para R$ 4,30.
Para driblar o aumento das passagens, pelo menos por alguns dias, aqueles que carregarem os bilhetes únicos, mensal ou 24 horas até o dia 6 de janeiro poderá viajar com o valor da tarifa antiga, enquanto o crédito do bilhete não se esgotar.
O Bilhete Mensal para trens passará de R$ 194,30 para R$ 208,90 (comum, válido somente para trilhos) e de R$ 307 para R$ 323,80 (integrado, usado com trilhos + ônibus). Já o Bilhete 24 horas passou de R$ 15,30 para R$ 16,40 (comum) e de R$ 20,50 para R$ 21,60 (integrado).
Já o vale-transporte para as empresas deixará de ser subsidiado pelos impostos municipais pagos pela população. O valor a ser pago pelo empregador passará a ser de R$ 4,57, que poderão ser utilizados em passagens do Metrô , da CPTM ou dos ônibus em São Paulo.
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Manifestantes reivindicam aumento das passagens do Metrô
Após o anúncio do aumento das passagens , o Movimento Passe Livre (MPL) voltou as ruas nesta quinta-feira (10) para fazer uma manifestação contra a mudança . Os manifestantes se concentraram, inicialmente, em frente ao Theatro Municipal, na região da Sé, e partiram em passeata pelas ruas do centro da cidade. O MPL critica a elevação de R$ 0,30 da tarifa em apenas um ano.
“Já não bastasse a tarifa ser injusta, como esse aumento é o dobro da inflação. Quem paga a conta da crise somos nós que, além de arcar com o desemprego e o aumento do custo de vida, somos impedidos de circular pela cidade”, destacou o movimento nas redes sociais. Um segundo ato do grupo contra o aumento das passagens do Metrô está marcado para o dia 16 de janeiro.