João de Deus foi denunciado nesta terça-feira pela segunda vez por crimes sexuais
Cesar Itiberê/ Fotos Públicas
João de Deus foi denunciado nesta terça-feira pela segunda vez por crimes sexuais

O médium João Teixeira de Faria, o João de Deus , foi denunciado nesta terça-feira (15) pela segunda vez por crimes sexuais. A força-tarefa de promotores que acompanham o caso no Ministério Público de Goiás (MP-GO) agora acusa o líder espiritual de ter praticado abuso sexual mediante fraude e estupro de vulneráveis contra cinco mulheres, sendo quatro de Goiás e uma de São Paulo.

Os crimes atribuídos a João de Deus , que está preso há quase um mês em Aparecida de Goiânia, teriam acontecido entre 1990 e 2017. A nova denúncia, com mais um pedido de prisão preventiva, foi oferecida ao Fórum de Abadiânia e é embasada por depoimentos colhidos fora do estado de Goiás.

médium chegou a prestar depoimento à promotoria goiana nessa segunda-feira (14) para tentar evitar a produção dessa segunda denúncia . O advogado que representa João de Deus, Alberto Zacarias Toron, criticou a atuação dos promotores, classificada por ele como "medonha".

"Chega a ser medonho o que os membros do MP estão fazendo no caso João de Deus. Não nos dão vista de nada, marcam interrogatório um dia antes no próprio MP, a defesa é obrigada a ler tudo em 20 minutos antes do interrogatório. Ele é ouvido e a denúncia (que já estava pronta) é protocolizada na manhã seguinte. É a antítese do que deve ser um processo no Estado Democrático de Direito", reclamou o advogado.

Alvo de acusações de mais de 250 mulheres desde o início de dezembro, o líder espiritual que prestava atendimentos na Casa Dom Inácio de Loyola já é réu em outra ação , também por violação sexual mediante fraude e estupro de vulneráveis. Esse processo, que tramita no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), trata de supostos crimes cometidos contra quatro mulheres no poeríodo entre abril e outubro do ano passado. 

O médium também já foi indiciado, juntamente à sua esposa, Ana Keyla , por porte ilegal de armas. O inquérito foi aberto após a Polícia Civil apreender revólveres e pistolas em endereços de João de Deus . Também foram encontradas quantias de dinheiro em espécie que somam R$ 1,2 milhão, além de pedras preciosas. Esse último item, bem como um computador apreendido, ainda está sendo analisado pela perícia.

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