A técnica em enfermagem Ângela Maria Ferreira da Cunha, de 27 anos, foi morta a tiros na noite deste sábado (7) durante tentativa de assalto na Rodovia Presidente Dutra, zona Norte do Rio de Janeiro. A mulher estaria saindo do plantão no Hospital Estadual Getúlio Vargas quando foi alvejada.
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A Polícia Rodoviária Federal informou que foi acionada por motoristas que passavam na Presidente Dutra por volta das 19h40 de ontem. Nos chamados, as pessoas alertaram que havia uma vítima de disparo de arma de fogo na rodovia no Rio de Janeiro
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Ainda de acordo com as testemunhas, houve uma tentativa de assalto realizada por homens em uma moto vermelha, que depois teriam atirado contra Ângela. A técnica em enfermagem também estava em uma moto, mas o condutor não foi ferido.
Segundo informou a Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense , um inquérito para investigar o caso foi aberto, e policiais civis já fizeram diligências para esclarecer o crime da noite de ontem.
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Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio e a direção do hospital onde Ângela trabalhava lamentaram sua morte trágica.
Violência no Rio
A violência intensa e generalizada na capital do estado faz com que sete em cada dez moradores desejem deixar a cidade. Uma pesquisa divulgada pela Datafolha neste sábado mostra que a falta de segurança é sentida pela maioria esmagadora dos cariocas. Conforme mostra o levantamento, 67% dos entrevistados na pesquisa afirmaram que ouviram algum tiro recentemente.
Entre as possíveis causas da sensação de insegurança apontadas pelos entrevistados está a administração do governo de Luiz Fernando Pezão (PMDB), considerada como ruim/péssima na área de segurança por 74% das pessoas. Outras 21% consideram regular e apenas 5% classificaram como ótimo/bom.
Outro ponto registrado no levantamento da Datafolha está a morte de policiais militares: somente no ano de 2017, foram registrados mais de cem assassinatos de oficiais no estado do Rio. A falta de segurança levou, inclusive, o presidente Michel Temer a autorizar o uso das Forças Armadas para auxiliar na segurança pública até o fim do ano que vem.
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A sensação de desconfiança contra os policiais militares também foi apontada na pesquisa. O carioca tem mais medo (67%) do que confia (31%) nos agentes. Contudo, em relação à Polícia Civil e o Bope (braço da PM), o cenário é diferente – e a maioria mais confia do que desconfia dos oficiais.
Sobre as causas de medo , os moradores do Rio de Janeiro apontaram que são: bandidos (49%), polícia (23%), e ambos (23%). Apenas 2% dos entrevistados disseram não ter medo nem de polícia e nem de bandido. Entre a população mais pobre, com renda familiar mensal de até dois salários mínimos e os mais jovens (entre 16 e 24 anos), o temor da polícia aumenta, chegando a 28%.
*Com informações da Agência Brasil