A situação que vive a região da Cracolândia nunca foi uma questão fácil de ser resolvida. Várias gestões da prefeitura de São Paulo já passaram e até agora o tráfico de drogas e os usuários pareciam ser os únicos donos e controladores da região.

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Usuários de crack em rua na região central de São Paulo, conhecida como cracolândia
Marcelo Camargo/Agência Brasil - 21.1.13
Usuários de crack em rua na região central de São Paulo, conhecida como cracolândia

No último domingo (21), a prefeitura de São Paulo realizou uma megaoperação para combater o tráfico na Cracolândia . Segundo a Secretaria de Segurança Pública, nas ações realizadas no local além de apreensões de armas e drogas, foram detidas 53 pessoas, dos quais 48 traficantes.

Mas como é sabido, a região precisa mais do que ações pontuais para derrubar o tráfico que comanda o local. Pensando nisso, prefeitura e governo estadual iriam fazer uma coletiva na manhã desta quarta-feira (24) para anunciar uma parceria público-privada propondo ações sociais de reintegração dos usuários na vida da sociedade, iniciando pela construção de moradias populares na região da Cracolândia, quando manifestantes de ONGs entraram no estacionamento do local do evento. 

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Antes que o prefeito e o governador realizassem os esclarecimentos, esses manifestantes entraram no local da solenidade e começaram a gritar palavras de ordem contra as melhorias pretendidas pelas autoridades. Logo em seguida, o prefeito e o governador deixaram o local sem falar com os jornalistas. O secretário municipal de habitação, Julio Semeghini, chegou a conversar e discutir com os manifestantes, que fizeram um ato em frente ao local.

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A legitimidade do protesto no mínimo levanta suspeita, já que a prefeitura de São Paulo está tomando todas as medidas que pode para tentar solucionar a situação caótica que vive a região central da capital paulista. Ações como essa parecem e podem estar alinhadas com o forte movimento do tráfico que comanda a região, e como é sabido está sob a tutela do PCC.

Um dos protestos foi convocado pela Craco Resiste, coletivo formado em 2015 para levar ações de redução de danos aos dependentes químicos que moram na região. O ato critica o programa Redenção, lançado pela Prefeitura de São Paulo no último domingo (21) com uma megaoperação policial.

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