A CPI da Covid ouve nesta quarta-feira (06) o diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Roberto Rebello Filho. Rebello foi também chefe de gabinete do Ministério da Saúde entre 2016 e 2018, na gestão do deputado Ricardo Barros (PP-PR), que é investigado pela comissão parlamentar de inquérito.
Durante a oitiva, o diretor-presidente da ANS disse que houve muitas reclamações a respeito de planos de saúde de setembro de 2020 até setembro de 2021.
Renan Calheiros questionou motivo de pronunciamento da ANS afirmando que não havia irregularidades na Prevent Senior, Paulo Rebello diz que não houve afirmação.
Paulo Rebello também explicou como funcionam as denúncias de plano de saúde feitas para a ANS.
Paulo Rebello comentou sobre inclusão de testes de covid-19 como obrigatórios nos planos de saúde.
Em entrevista antes do início da sessão da comissão, o senador e relator Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que a CPI busca entender qual o papel do Ministério da Economia - e do ministro Paulo Guedes - "em meio ao negacionismo".
Leia Também
A convocação de Paulo Roberto Rebello Filho foi requerida pelo vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e tem a ver com as denúncias de más práticas médicas pela operadora de saúde Prevent Senior. Antes de ser diretor-presidente da ANS, Rebello comandava a diretoria de Normas e Habilitação das Operadoras.
Leia Também
O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), suspeita que a empresa estivesse blindada pela agência enquanto executava esse protocolo.
Leia Também
Leia Também
"Há muitos documentos e comentários de que os diretores executivos da Prevent Senior, quando sentiam alguma insatisfação de algum médico para pôr em prática o protocolo e aplicar o “kit covid”, diziam: 'Olha, fica tranquilo que a ANS não chegará aqui'"disse o parlamentar, na terça-feira.
O diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, afirmou em seu depoimento à CPI que a empresa foi investigada pela ANS e os processos foram arquivados.
Paulo Roberto Rebello Filho é diretor-presidente da ANS desde julho. Sua indicação chegou a ser retirada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na véspera do dia em que seria analisada pelo Senado, mas Bolsonaro voltou atrás e o Senado aprovou a condução de Rebello.