Coluna de fumaça após um bombardeio israelense em Nuseirat, centro da Faixa de Gaza, em 20 de julho de 2024
Eyad BABA
Coluna de fumaça após um bombardeio israelense em Nuseirat, centro da Faixa de Gaza, em 20 de julho de 2024
Eyad Baba

Israel  bombardeou neste domingo (21) a Faixa de Gaza, onde luta contra o movimento islamista palestino Hamas, assim como o Líbano e o Iêmen, em resposta aos ataques lançados contra o seu território por grupos apoiados pelo Irã nesses países.

A guerra entre Israel e o Hamas em Gaza , desencadeada por um ataque do grupo islamista no território do sul de Israel, em 7 de outubro, alimentou tensões no Oriente Médio e receios de que se transforme em um conflito regional.

Na fronteira com o Líbano, os duelos de artilharia são quase diários entre o Hezbollah, um movimento xiita relacionado com o Irã, e o Exército israelense. No Iêmen, os rebeldes houthis, que controlam parcialmente o país, têm lançado ataques contra navios ligados a Israel no mar Vermelho há meses, em solidariedade com os palestinos em Gaza.

Os houthis também lançaram mísseis contra cidades israelenses, embora a maioria tenha sido abatida. O Exército israelense interceptou neste domingo um projétil disparado do Iêmen na cidade de Eilat, no mar Vermelho, depois que o Estado hebreu bombardeou um porto nas mãos do grupo rebelde, apoiado por Teerã.

O ataque ao porto de Hodeida deixou ao menos seis mortos, segundo fontes de saúde, e ocorreu um dia depois de um bombardeio mortal com drones em Tel Aviv, reivindicado pelos insurgentes.

"O incêndio em Hodeida é visível em todo o Oriente Médio e o seu significado é evidente", declarou o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, após os primeiros ataques anunciados por Israel contra este país em guerra.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou por sua vez: "Qualquer pessoa que nos atacar pagará um preço muito alto".

Tanto os houthis, como o Hezbollah e o Hamas, prometeram manter os ataques contra Israel até que uma trégua ponha fim à violência em Gaza, devastada e à beira da fome após nove meses de guerra.


Netanyahu em Washington 

Os bombardeios israelenses deixaram dezenas de mortos em Gaza desde sábado, informou a agência da Defesa Civil do território, governado pelo Hamas desde 2007. Israel, Estados Unidos e União Europeia consideram o movimento islamista um grupo "terrorista".

Os ataques aéreos atingiram as áreas de Nuseirat e Bureij, no centro de Gaza, assim como áreas perto de Khan Yunis, no sul.

Também no sul, os moradores alegaram que o Exército israelense realiza uma operação militar em um distrito de Rafah e relataram confrontos e fortes disparos de artilharia.

A guerra eclodiu em 7 de outubro, quando comandos islamistas do Hamas e outros grupos palestinos mataram 1.195 pessoas, a maioria civis, e sequestraram 251 no sul de Israel, segundo uma contagem baseada em dados oficiais israelenses.

O Exército israelense estima que 116 pessoas permanecem cativas em Gaza, 42 das quais teriam morrido.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que já matou mais de 38.900 pessoas em Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território.

O chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, estimou na sexta-feira que as negociações sobre um cessar-fogo se aproximavam da "linha de chegada".

Netanyahu falará perante o Congresso dos EUA na quarta-feira e se reunirá com o presidente Joe Biden na terça-feira em Washington.

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    AFP

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