Acampamento de manifestantes pró-palestinos na Universidade de Columbia, em Nova York, em 28 de abril de 2024
AFP
Acampamento de manifestantes pró-palestinos na Universidade de Columbia, em Nova York, em 28 de abril de 2024

Após o fracasso das negociações e com a cerimônia de graduação em mente, a reitora da Universidade de Columbia instou, nesta segunda-feira (29), aos  manifestantes pró-palestinos que desmontem "voluntariamente" os protestos que se propagaram por outras universidades nos Estados Unidos.

"Estamos consultando um grupo mais amplo de nossa comunidade para explorar opções internas alternativas que ponham fim a essa crise o quanto antes", assegurou a reitora Minouche Shafik em uma mensagem aos manifestantes que exigem que a universidade corte os vínculos com Israel e com as empresas que se aproveitam da guerra em Gaza.

Apesar do diálogo "construtivo" mantido desde a última quarta com  organizadores estudantes "infelizmente não conseguimos chegar a um acordo", disse em sua carta.

A reitora havia se comprometido na semana passada a não recorrer à polícia para desmantelar o  acampamento erguido nos jardins do campus, como ocorreu no último 18 de abril, quando uma centena de estudantes foi presa e depois suspensa pelo centro.

"O acampamento criou um entorno pouco acolhedor para muitos de nossos estudantes e professores judeus", recordou após assegurar que "muitos abandonaram o campus", o que é "uma tragédia".

"A linguagem e os atos antissemitas são inaceitáveis, e os apelos à violência são simplesmente abomináveis", disse ela, antes de lembrar que o "direito de um grupo de expressar suas opiniões não pode ser exercido às custas do direito de outro grupo de falar, ensinar e aprender".

Também anunciou que a universidade não "dispensará os investimentos de Israel", mas se ofereceu para elaborar um calendário acelerado que "revise as novas propostas dos estudantes" e "realizar investimentos em saúde e educação em Gaza, incluindo o apoio ao desenvolvimento da primeira infância e o apoio aos professores deslocados".

"Como demonstraram nos últimos meses, nosso campus está sacudido pelas divisões que a  guerra de Gaza suscita", destacou.

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