O presidente Jair Bolsonaro apresentou ao Senado nesta sexta-feira,20, o pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O documento foi recebido pelo chefe de gabinete do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Na véspera, auxiliares do presidente ainda tentavam convencê-lo a desistir da iniciativa , que provocou uma nova crise entre os Poderes, mas ele estava irredutível. O texto foi preparado pela Advocacia-Geral da União (AGU).
Histórico
No último sábado (14), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que iria pedir uma ação contra os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em sua conta no Twitter, o presidente da República se manifestou afirmando que os magistrados "extrapolam os limites constitucionais".
“Na próxima semana, levarei ao Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), um pedido para que instaure um processo sobre ambos”, afirmou Bolsonaro, sem mencionar diretamente a prisão de Roberto Jefferson na sexta-feira (13).
“O povo brasileiro não aceitará passivamente que direitos e garantias fundamentais, como o da liberdade de expressão, continuem a ser violados e punidos com prisões arbitrárias, justamente por quem deveria defendê-los”, escreveu o presidente da República na semana passada.
Luís Roberto Barroso é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, segundo Bolsonaro, o magistrado teria interferido nos debates sobre o tema do voto impresso na Câmara dos Deputados. Esta foi mais uma derrota de Bolsonaro e seus aliados no Legislativo .