A deputada federal Luiza Erundina
(PSOL-SP) acusou seus colegas de partido de "fisiologismo" e de "barganha" para obter cargos após parlamentares da legenda criticarem a escolha de lançarem o nome dela para a disputa
da presidência
da Câmara
.
Erundina classificou como "lamentável que o PSOL negocie suas convicções e compromissos políticos históricos". "Essa é uma prática dos partidos de direita com a qual eu não compactuo", escreveu a deputada nas redes sociais.
O comentário de Erundina ocorre após um grupo dentro do PSOL criticar a posição do partido de não apoiar a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP), o principal adversário de Arthur Lira (PP-AL) e o nome apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O PSOL é o único partido da oposição que optou por uma candidatura própria.
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Em uma discussão que se tornou pública nas redes sociais, a deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) respondeu à publicação de Erundina e disse que ela não fazer ataques a "quem não acha a tática correta lançar candidato nesse cenário da eleição da Câmara". "Mesmo que sua posição tenha vencido e o PSOL tenha lançado seu nome, isso não nao lhe autorizada a atacar o PSOL", completou.
O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) entrou na conversa e manifestou apoio ao posicionamento de Erudina. "Estamos juntos, Luiza. Não podemos ser coniventes com notícias falsas, muito menos colocar nossa coerência política em jogo! Seguimos firmes em defesa da democracia e dos direitos do povo brasileiro!", escreveu.
De acordo com os apoios recebidos pelas bancadas dos partidos na Câmara, Baleia Rossi por enquanto tem a maior parte dos votos para chegar ao comando da Casa.
Se for considerado que pode haver traições, porém, essa vitória ainda não estaria garantida, uma vez que a votação para o pleito é secreta e alguns parlamentares podem não seguir as recomendações de suas próprias siglas.