Parlamento de Gaza
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A Itália pediu para Israel adiar um possível ataque contra Rafah, cidade mais meridional da Faixa de Gaza e que concentra  1,5 milhão de pessoas, muitas delas refugiadas de outras regiões do enclave palestino.

"Estamos trabalhando de maneira discreta e até fora do radar, inclusive com muitos países árabes e do G7, para chegar a uma interrupção dos combates em Gaza e permitir ajudas à população civil", disse o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani, em entrevista a uma rádio local.

"Pedimos para [Israel] esperar o ataque em Rafah, espero que, de um lado e de outro, escutem as mensagens de bom senso", acrescentou.

Rafah fica na fronteira com o Egito e, no caso de uma incursão israelense em larga escala, seus moradores provavelmente não teriam mais para onde escapar.

"Uma ofensiva na cidade não seria apenas aterrorizante para mais de 1 milhão de civis palestinos que estão refugiados ali, mas também representaria o último prego no caixão dos nossos programas de ajuda", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, em reunião do Conselho de Direitos Humanos em Genebra.

"Rafah é o centro das operações de ajuda humanitária" , acrescentou o português, reiterando o apelo por um "cessar-fogo e a libertação imediata e incondicional de todos os reféns".

No último domingo (25), as Forças de Defesa de Israel (IDF) apresentaram ao gabinete de guerra um plano para evacuar os civis das zonas de combate em Rafah, mas detalhes sobre o deslocamento dos palestinos não foram divulgados.

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