Pastor Paul Mackenzie Nthenge foi preso no Quênia
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Pastor Paul Mackenzie Nthenge foi preso no Quênia

O pastor queniano Paul Nthenge Mackenzie , que supostamente liderava uma seita no Quênia que deixou mais de 400 mortos , deverá ser acusado de terrorismo pela morte dos seus seguidores. Os promotores responsáveis pelo caso informaram que pretendem levar a acusação contro o líder religioso e dezenas de outros suspeitos. A ação será movida após um tribunal ter informado que o Mackenzie poderá ser liberto.

Segundo as investigações, o autoproclamado pastor teria incitado os seus seguidores a fazer jejum até a morte para "encontrar Jesus". Ele foi preso em abril de 2023, após os corpos dos fiéis serem encontrados em uma floresta próxima à costa do Oceano Índico. 

O gabinete do DPP informou que "após uma análise minuciosa das provas, o diretor do Ministério Público está convencido de que existem provas suficientes para processar 95 suspeitos”.

A ação está sendo movida após um tribunal estipular um prazo de 14 dias para processar o pastor e os demais acusados. Caso contrário, a ordem judicial previa que Mackenzie fosse liberto. Os suspeitos estão sendo acusados de cometerem 10 crimes, dentre ele: assassinato, homicídio culposo, terrorismo e de “submeter uma criança à tortura”.

A perícia informou que nas autópsias das vítimas constataram que a maior parte morreu de fome. Entretanto, algumas das vítimas, que inclui crianças, possuem marcas de estrangulamento, espancamento e sufocamento.  As autoridades já localizaram 429 corpos. A operação foi categorizada como "massacre da floresta de Shakahola”.

Em outubro, o Senado do Quênia informou que Mackenzie já havia enfrentado acusações em 2017 por pregação extrema, mas que "o sistema de justiça criminal não conseguiu impedir as atividades hediondas de Paul Mackenzie em Shakahola”. 

O pastor conseguiu ser absolvido das acusações de 2017. Na época, ele rejeitava o sistema educacional formal, por não estar de acordo com a Bíblia. Em 2019, Mackenzie foi acusado de ter ligação com a morte de duas crianças que, segundo as investigações, tinham passado fome, foram sufocadas e enterradas em covas rasas na floresta de Shakahola. Ele aguarda julgamento desse caso.

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