Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos, Luciana Rodzewics, de 45 anos, Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos, e Raphael Torres estavam na aeronave que foi encontrada nesta sexta-feira (12)
Montagem iG / Imagens: reprodução
Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos, Luciana Rodzewics, de 45 anos, Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos, e Raphael Torres estavam na aeronave que foi encontrada nesta sexta-feira (12)

O helicóptero que estava desaparecido no Litoral Norte de São Paulo e encontrado pela Polícia Militar na manhã desta sexta-feira (12) , foi registrado como "homicídio culposo". A aeronave foi localizada em Paraibuna, após 12 dias de buscas.

Segundo o relatório, o piloto Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos, foi apontando como "autor" do crime. Ele levou três pessoas do aeroporto Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, com destino a Ilhabela, no litoral, para um bate e volta.

"Foi realizada a perícia no local e os exames necroscópicos nas vítimas, cujos corpos foram liberados aos familiares. O caso foi registrado como homicídio culposo na Delegacia de Paraibuna", diz nota enviada pela Secretaria de Segurança Pública.

Teodoro tinha "histórico de irregularidades".  Ele não tinha licença para operar táxi aéreo e só era registrado com apenas a habilitação pessoal para voar. Em setembro de 2021, Cassiano teve a licença cassada, por não realizar uma fiscalização. O documento, no entanto, foi recuperado em outubro de 2023.


O caso

O helicóptero decolou por volta das 13h do dia 31 de dezembro, do aeroporto Campo de Marte , na Zona Norte da capital paulista, com destino a Ilhabela, no Litoral Norte,  mas desapareceu durante o percurso.

Na aeronave estavam Letícia Ayumi Rodzewics Sakumot, de 20 anos, a mãe dela, a vendedora de roupas Luciana Marley Rodzewics Santos, de 46 anos, o piloto, identificado como Cassiano Tete Teodoro, 44 anos, e Raphael Torres, de 41, que convidou mãe e filha para um passeio bate-volta em Ilhabela.

O helicóptero, de modelo Robinson R-44, foi fabricado em 2001 e tinha capacidade de transportar até três pessoas, além do piloto, de acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O veículo em questão, no entanto, não estava autorizado a fazer táxi-aéreo, segundo a Anac. Ele é registrado sob a matrícula PR-HDB. A documentação do Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade, porém, está em situação regular, com validade até junho de 2024.

Para realizar as buscas, as equipes usaram, entre outros indícios, o sinal do celular de uma das passageiras que foi detectado por uma torre de telefonia . O aparelho teve sua última atividade registrada às 22h14 do dia 1º de janeiro. O sinal de celular detectado pela torre pertence à passageira Luciana Rodzewics. 

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