O Pentágono anunciou que os Estados Unidos
bombardearam duas instalações na Síria usadas pelas Forças Revolucionárias Islâmicas do Irã. O bombardeio seria em resposta a ataques sofridos pelas tropas americanas do Iraque e na Síria.
“Os Estados Unidos não procuram conflito e não têm intenção nem desejo de se envolver em novas hostilidades, mas estes ataques apoiados pelo Irã contra as forças dos EUA são inaceitáveis e devem parar”, disse o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, num comunicado na quinta-feira (27).
“O Irã quer esconder a sua mão e negar o seu papel nestes ataques contra as nossas forças. Não vamos permitir. Se os ataques dos representantes do Irã contra as forças dos EUA continuarem, não hesitaremos em tomar outras medidas necessárias para proteger o nosso povo.”
Austin disse que os “ataques sob medida” foram em legítima defesa e não estavam ligados à guerra Israel-Hamas.
“Eles são separados e distintos do conflito em curso entre Israel e o Hamas e não constituem uma mudança na nossa abordagem ao conflito Israel-Hamas”, disse ele.
Os EUA não têm relação diplomática com o Irã, que apoia tanto o Hamas quanto o Hezbollah.
Lloyd ressaltou ainda que se os ataques às tropas americanas continuarem, a resposta dos EUA será "quando e do tamanho" que eles entenderem
Ao todo, 21 soldados americanos ficaram feridos em ataques na Síria e no Iraque.
Na quarta-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que alertou diretamente o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, contra atacar tropas americanas no Oriente Médio.
“Meu aviso ao aiatolá foi que se eles continuarem a se mover contra essas tropas, responderemos, e ele deve estar preparado”, disse Biden aos repórteres, acrescentando que “não tem nada a ver” com Israel.