![Destruição foi causada pelos ataques aéreos israelenses no bairro de Al Remal, no centro da Cidade de Gaza Destruição foi causada pelos ataques aéreos israelenses no bairro de Al Remal, no centro da Cidade de Gaza](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/52/9d/eu/529deu7qcx1twmjlmybbpuvut.jpg)
O embaixador de Israel na Organização das Nações Unidas (ONU), Gilad Erdan, afirmou nesta quinta-feira (26), em seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, convocada de emergência
para debater a guerra entre Israel e Hamas, que a resolução a ser votada hoje para um cessar-fogo é "absurda".
"Essa sessão de emergência não tem nada a ver com paz", disse ele no início do seu discurso. "Todos os Estados-Membros que estão convencidos de que estamos aqui para discutir outra ronda de conflito no Oriente Médio, outra disputa entre Israel e os palestinos, estão errados. O massacre de 7 de Outubro e o que se seguiu não têm nada a ver com os palestinos. Nada", disse Erdan.
"Não tem nada a ver com o conflito israelo-palestino ou com a questão palestina. Esta não é uma guerra com os palestinos. Israel está em guerra com a organização terrorista jihadista genocida Hamas. É a democracia cumpridora da lei de Israel contra os nazistas modernos", continuou.
Erdan disse que votar por um cessar-fogo é o mesmo que dar "tempo para que o Hamas possa se armar" e "amarrar as mãos" de Israel. O embaixador acrescentou que a resolução "merece ir para o lixo da história", e disse que a ONU "está quebrada e é moralmente corrupta" por permitir que o governo do Irã discurse na assembleia, mesmo após se reunir com Hamas e Hezboollah.
Do outro lado, o diplomata palestino Riyad Mansour pediu para que os países votem para "acabar com a loucura". Em sua fala, ele criticou o líder israelense. "Ele pede apoio para libertar os reféns feitos pelo Hamas. Mas fez 2 milhões de palestinos reféns" na Faixa de Gaza, disse ele.
Em sua fala, Mansour criticou também os países que não apoiam o cessar-fogo. "Como se pode sentir dor pelos israelenses e não pelos palestinos? Qual o problema? Temos a fé errada e a cor errada?", questionou.
Depois de um impasse no Conselho de Segurança da ONU , a Assembleia-Geral discute hoje uma resolução para o conflito.