Pacheco, presidente do Senado
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Pacheco, presidente do Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) , afirmou nesta sexta-feira (13) que a minuta encontra pela Polícia Federal na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres , "é a materialização daquilo que apontávamos como risco à democracia". 

O senador disse, em entrevista ao Jornal da CBN, que não necessariamente o documento tenha sido produzido pelo ex-ministro, mas que ele deve explicar a origem da minuta.

Ao tomar conhecimento do documento, Anderson Torres afirmou que o rascunho "muito provavelmente" estaria em uma planilha de descarte. 

"Havia em minha casa uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP", escreveu. 

"O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim. Fomos o primeiro ministério a entregar os relatórios de gestão para a transição. Respeito a democracia brasileira. Tenho minha consciência tranquila quanto à minha atuação como Ministro", completou. 

A minuta continha um decreto para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) instaurar estado de defesa na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O documento serviria para mudar o resultado das eleições de 2022, a qual Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o ex-mandatário no segundo turno.

Atos golpistas

Rodrigo Pacheco também falou sobre os atos golpistas que ocorreram na Praça dos Três Poderes no último domingo (8)

"Esse evento nos traz a lição de que não pudemos subestimar a mínima notícia em relação a atos antidemocráticos e devemos reagir de formas muito contundentes a isso", disse o senador.

Os atos em Brasília deixaram um rastro de destruição ao vandalizar o patrimônio público, artístico, histórico e arquitetônico brasileiro. Com uma invasão sendo planejada há cerca de uma semana através das redes sociais, grupos golpistas incitavam a um golpe de Estado no país através da ocupação do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.

O senador diz acreditar que o governador do Distrito Federal, afastado do cargo por decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, devido à falha de segurança durante os atos, foi "induzido ao erro".

"O governador Ibaneis foi induzido ao erro, não acredito em cegueira deliberada da parte dele", afirmou o senador.

Ao entrar na sede do Senado após a invasão, Pacheco disse que o sentimento foi de 'desolação, tristeza e frustação'. Ele também destacou que o episódio 'foi um atentado ao prédio, mas também ao poder e à nação brasileira'.

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