Ibaneis prestou depoimento na Polícia Federal
Reprodução/Twitter
Ibaneis prestou depoimento na Polícia Federal

O governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Roch a (MDB-DF) que o Exército impediu a remoção do acampamento bolsonarista na frente do Quartel-General. Em depoimento prestado para a Polícia Federal nesta sexta-feira (13), o aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) deu sua versão dos fatos.

Ibaneis explicou que o acampamento estava instalado em um local que é de responsabilidade administrativa “do comando do Exército”.  O depoimento foi feito pelo governador após ter sido afastado do cargo pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes por 90 dias.

Apesar da administração ser de responsabilidade do Exército, Rocha afirmou que continuou em “contato com os comandantes militares para organizar a retirada pacífica dos acampados”. Ele ainda relatou que definiu a data de 29 de dezembro do ano passado para a retirada dos bolsonaristas. Só que o prazo foi “sustado por ordem do comando do Exército”.

Ibaneis também contou que algumas barracas foram retiradas do local, mas policiais militares e agentes do Distrito Federal não conseguiram concluir o trabalho. A alegação é que os PM’s foram impedidos de terminarem a ação por “oposição das autoridades militares”.

O governador explicou que as tratativas com o Exército eram de responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) e que a equipe de transição do governo federal sabia que o Exército era oposição sobre a “retirada dos acampamentos”.

Ibaneis comentou que, depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi empossado, foram feitas as retiradas dos acampamentos e que o GDF ajudou bolsonaristas a saírem da capital federal, oferecendo “passagens de ônibus e na retirada de algumas barracas”.

Ibaneis Rocha e o seu afastamento

No dia 8 de janeiro, bolsonaristas praticaram um ato de terrorismo em Brasília, pois invadiram os prédios do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto. O movimento golpista gerou revolta das instituições democráticas.

Ibaneis foi acusado de não ter tomado decisões corretas para impedir a depredação nos prédios dos Três Poderes. O governador se desculpou com os ministros do STF e também com o presidente Lula.

No dia seguinte ao ato terrorista, o ministro Alexandre de Moraes afastou Ibaneis do cargo de governador por 90 para realizar investigações.

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