O presidente eleito Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) vai se reunir nesta quarta-feira (28) com o presidente nacional do PDT
, Carlos Lupi
, visto como o maior aliado de Ciro Gomes
(PDT) nas eleições deste ano. O petista ofereceu ao partido o Ministério da Previdência
e o encontro servirá para definir quem será o pedetista que cuidará da pasta.
De acordo com declaração dada por Lupi ao Portal G1, ele é o favorito para ser o ministro da área. O chefe do PDT foi o maior defensor da candidatura de Ciro durante o primeiro turno das eleições, mas também evitou entrar em confronto contra Lula e a cúpula petista.
No começo do ano, lideranças do PT procuraram caciques do PDT para ajudá-los a convencer Lupi a retirar a candidatura de Ciro, levando o partido para a chapa de Lula e Geraldo Alckmin (PSB). Porém, Carlos avisou que seguiria fiel ao ex-governador do Ceará e externou sua insatisfação com o “assédio” sofrido.
“Cada vez que falam isso, vão destruindo pontes para relações futuras. Isso vai revoltar a nossa base, já está revoltando. Se continuar assim, vai chegar lá na frente e muita gente vai querer votar nulo”, declarou o dirigente pedetista em maio. “A gente faz, na política, do diálogo um instrumento permanente, mas ninguém pode obrigar ninguém àquilo que não quer”.
Durante a campanha. Lula se tornou o maior alvo de Ciro Gomes, mas Lupi sempre colocou panos quentes nas declarações do representante do seu partido na corrida presidencial.
Com a derrota do ex-governador do Ceará, o presidente do PDT assumiu o compromisso de apoiar Lula no segundo turno. “Nós não podemos aceitar a omissão, a ignorância, como regra numa sociedade democrática e civilizada como é a sociedade brasileira. Vamos nos colocar à disposição, em cada estado brasileiro, os trabalhistas, os netos e bisnetos de Brizola. Estar ao seu lado não é um favor, é uma obrigação”, discursou em outubro ao lado do presidente eleito.
Lula chateado por não dar protagonismo ao PDT
Vitorioso, Lula iniciou a montagem dos seus ministérios e optou por dar protagonismo aos partidos que o apoiaram no primeiro turno e para siglas com grandes bancadas, como o MDB, PSD e União Brasil.
O presidente eleito revelou que estava chateado por não poder dar mais espaço ao PDT. Porém, Lupi nunca demonstrou insatisfação e chegou a dizer que a prioridade tinha que ser dada para quem esteve com o PT desde o primeiro turno.
Por causa da boa relação de Lupi com membros petistas, seu nome não sofre qualquer rejeição para cuidar do Ministério da Previdência. Ele já foi ministro do Trabalho e Emprego no segundo mandato de Lula (2007-2010) e no primeiro ano do primeiro mandato de Dilma Rousseff (2011).
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