Michelle Bolsonaro, atual primeira-dama do Brasil
Reprodução / Instagram - 30.10.2022
Michelle Bolsonaro, atual primeira-dama do Brasil

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) enviou nesta terça-feira (13) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de investigação e indiciamento da primeira-dama Michelle Bolsonaro ao inquérito dos atos antidemocráticos .

Para o senador, Michelle incentiva e patrocina manifestantes que se fixam próximos ao Palácio da Alvorada.

"Requer-se que seja apurada a conduta da Primeira-Dama, Michelle Bolsonaro, com seu eventual indiciamento para que seja investigada sua postura como, potencialmente, uma das financiadoras dos atos, por supostamente atuar no fornecimento de alimentação aos bolsonaristas- o que, naturalmente, possui muito mais uma conotação simbólica de apoio político aos atos antidemocráticos do que propriamente um suporte material ao seu estabelecimento; e, talvez, o apoio simbólico seja o mais importante nessas situações, na medida em que indicaria que os autoritários de plantão encontram respaldo nos próprios atuais residentes do Palácio", diz trecho da petição de Randolfe.

Ele se baseia no dia 11 de dezembro, quando apoiadores de  Jair Bolsonaro (PL) divulgaram vídeos dizendo que a primeira-dama enviou sanduíches e refrigerantes para que os acampantes se alimentassem.

Na gravação, o eles também contam que o Alvorada foi aberto para que eles pudessem circular pelo local.

Ainda, na noite da última segunda-feira (13), um grupo queimou carros, ônibus e tentou invadir a sede da Polícia Federal, em Brasília . O ato aconteceu horas após a diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB).

Randolfe classificou o grupo como terroristas e declarou que "não há o que se tolerar. A lei, os Poderes, precisam agir e punir aqueles que não aceitam a vitória da democracia".

Ataques de vandalismo em Brasília

Os  atos de vandalismo tiveram início na frente da Polícia Federal, por volta das 19h30. A alegação dos criminosos é que eles não aceitariam a prisão temporária contra o indígena José Acácio Tserere Xavante, apoiador de Bolsonaro.

A ordem de prisão foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). A argumentação do magistrado, que atendeu um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) é que Cacique Serere estava liderando um movimento antidemocrático em Brasília para contestar a vitória de Lula.

Após a ordem do Supremo, o grupo de bolsonaristas tentou invadir um prédio da Polícia Federal. Policiais militares foram acionados e usaram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os vândalos.

A confusão se estendeu por outros pontos da capital federal. De acordo com o Corpo de Bombeiros, pelo menos cinco ônibus e três carros foram incendiados durante o tumulto. Vidros da 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte, também foram depredados.

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