O deputado federal eleito Guilherme Boulos
(PSOL) admitiu que pretende concorrer ao cargo de prefeito de São Paulo
. Em entrevista para o UOL nesta terça-feira (6), o futuro parlamentar revelou que o presidente eleito Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) se comprometeu a apoiá-lo em 2024.
“Houve compromisso do Lula de compor uma frente para nos apoiar à prefeitura em 2024. Minha pretensão é ser candidato a prefeito em 2024. Mas daqui para lá tem 2023 e meio. Temos uma batalha no parlamento pela reconstrução do Brasil. Meu foco está na batalha de 2023, mas pretendo e espero, com uma frente progressista, ter um projeto democrático e popular para a maior cidade da América Latina", comentou.
Boulos concorreu ao cargo de prefeito em 2020 e conseguiu chegar ao segundo turno, perdendo para Bruno Covas (PSDB). À época, o psolista ficou à frente do candidato do PT, Jilmar Tatto, e Márcio França (PSB), ex-governador do estado paulista.
Com a votação expressiva na capital, Boulos se colocou como pré-candidato ao governo de São Paulo. Porém, após conversas com Lula e Fernando Haddad (PT), ele abriu mão da candidatura e se lançou como candidato a deputado federal, sendo o mais votado no estado.
Além de Lula, o próprio Haddad admitiu publicamente que apoiará o psolista, caso Boulos concorra. “Eu vou apoiar, vou estar no palanque dele, qualquer que seja o resultado da eleição, porque eu assumi um compromisso pessoal, e o PT também”, disse o professor durante a campanha eleitoral para governador.
Boulos volta a rebater Sâmia Bomfim
O deputado federal eleito voltou a rebater Sâmia Bomfim. Ele afirmou que é “uma insanidade” o PSOL se colocar como oposição ao governo Lula. Boulos garantiu que a maioria não tem a mesma opinião da deputada.
"Seria uma insanidade o PSOL se colocar na oposição ao Lula. Hoje a oposição são bolsonaristas que estão acampados em quartéis e não reconhecem o resultado da eleição. Psol fez parte da frente ampla que ajudou a eleger Lula. O Psol deve compor base do governo. A Sâmia expressou opinião dela e do grupo político dela dentro do partido, mas não acredito que essa posição vai permanecer", declarou.
Ele relatou que os psolistas terão posição dependente em algumas pautas. “O PT decidiu apoiar Lira para presidente da Câmara. O PSOL não votará no Lira. Mantemos autonomia politica, mas não significa não estar na base do governo", resumiu.
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