Homens se revezam durante tortura em supermercado do RS
Reprodução - 05.12.2022
Homens se revezam durante tortura em supermercado do RS

A polícia identificou três PMs  - dois militares da ativa e um aposentado - envolvidos na tortura de dois homens suspeitos de furtar pacotes de picanha de um supermercado em Canoas , no Rio Grande do Sul . Segundo a corporação, agora são  sete pessoas envolvidas na agressão que são investigadas pela polícia.

A policia indentificou os militares suspeitos após dois dos PMs se apresentaram na delegacia, acompanhados de um advogado. Segundo o depoimento, eles atuavam como seguranças para a empresa que prestava serviço ao supermercado.

De acordo com Robertho Peternelli, delegado responsável pelo caso, os suspeitos permaneceram em silêncio na delegacia. No entanto, a polícia já teria elementos pra conseguir indiciar os agentes, além de outros quatro envolvidos por tortura. Ainda de acordo com o delegado, o terceiro PM se apresentará nos próximos dias.

O envolvimento de policiais era investigado desde o início do caso. Segundo as investigações, uma das vítimas contou em depoimento que durante as agressões os homens teriam tido acesso a sua ficha policial. Nesta segunda-feira (5), após a divulgação das imagens da tortura, a Corregedoria da Brigada Militar abriu uma investigação para apurar o envolvimento de PMs.

O advogado dos polícias confirmou à corporação que são os agentes que aparecem nas imagens, no entanto, não chegiu a dar detalhes sobre e afirmou que os suspeitos só irão se manifestar na Justiça.

"A defesa teve acesso as imagens pela mídia, então não tivemos acesso integral as imagens. Nesse contexto, eles permanecem em silêncio e posteriormente sim na justiça será efetivada as defesas".

Ao todo, segundo a polícia, as sete pessoas envolvidas na tortura foram identificadas. São eles: cinco seguranças da empresa de vigilância patrimonial Glock - entre eles, três policiais militares que trabalhavam como seguranças do local - e dois funcionários do supermercado, o gerente Adriano Dias e o subgerente Jairo da Veiga. 

Segundo a Corregedoria da Brigada Militar, já tinha um inquérito aberto para investigar a atuação dos políciais no caso e agora com a todos serão incluídos na investigação.

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