O ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) divulgará uma carta aberta
aos evangélicos
durante o segundo turno
das
eleições 2022
. A confirmação foi feita pelo coordenador de comunicação da campanha petista, Edinho Silva
(PT), em entrevista para o Estado de S.Paulo.
De acordo com o prefeito de Araraquara, o documento está sendo elaborado e deverá ser publicado nos próximos dias. O manifesto apontará compromissos que um eventual governo Lula terá com evangélicos ao longo dos próximos quatro anos.
A decisão de escrever uma carta aberta ocorreu por conta das alianças formadas em torno de Lula durante o segundo turno. Na avaliação de Edinho, é preciso que o PT demonstre que tem boa vontade com todos os setores do país, incluindo a religião evangélica.
“Quando você amplia seu leque de apoio, tem que ampliar também sua concepção. Várias lideranças evangélicas que chegaram no segundo turno acham que é importante ter carta e ele está ouvindo. Ele vai pôr no papel o que sempre fez: que vai respeitar a liberdade religiosa”, explicou.
Nesta quarta (12), Lula divulgou uma nota direcionada para todos os religiosos. No documento, ele garantiu que respeitará a liberdade religiosa de todos os brasileiros.
Edinho critica campanha do presidente Jair Bolsonaro
O coordenador aproveitou a entrevista para criticar a campanha do presidente Jair Bolsonaro. Na opinião dele, o chefe do executivo federal tem apelado para as pautas de costumes para conquistar o eleitor. Porém, Edinho garantiu que o Partido dos Trabalhadores não entrará nesta guerra.
“Só o bolsonarismo consegue guerrear e sabe guerrear nesse ambiente. Nós ganhamos corações e mentes quando nós discutirmos a vida do povo brasileiro: inflação, desemprego, renda, perspectiva de futuro. Nós temos cada vez mais discutir o país com ele, Brasil com ele, discutir que projeto de país ele tem. Ele não tem projeto, por isso que ele vai sempre no debate de costumes”, comentou.
Edinho e o primeiro turno
Durante a entrevista, o coordenador negou que a campanha do PT subestimou a força do bolsonarismo. Ele relatou que a equipe do ex-presidente Lula sempre soube que vencer no primeiro turno seria uma “exceção”.
“O bolsonarismo é infinitamente maior do que o Bolsonaro. Como integrante da coordenação, nunca presenciei uma avaliação de menosprezo, e sim de reconhecimento. E sabíamos que a eleição resolvida no 1º turno seria a exceção da exceção”, destacou.
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