Nesta terça-feira (4), o presidente Jair Bolsonaro
saiu em defesa do Nordeste
e criticou apoiadores que fizeram ataques xenofóbicos contra o local. Eleitores nordestinos foram xingados
por bolsonaristas após o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) ter obtido 12,9 milhões de votos na região.
“Desconheço críticas [ao Nordeste]. Se alguém estiver fazendo essas críticas aí está completamente equivocado. O Brasil é um só país”, disse o chefe do executivo federal. Ele tem buscado diminuir a diferença na região para poder vencer Lula na disputa presidencial.
O governante aproveitou para atacar o ex-presidente e também o Partido dos Trabalhadores. Ele afirmou que os estados nordestinos são pobres e responsabilizou o PT por isso. Na avaliação dele, a esquerda não faz uma gestão responsável, mas não apresentou nenhum dado para comprovar sua afirmação.
“O Nordeste tem uma renda per capita menor que o restante do país, até porque foi ministrado aproximadamente 20 anos pelo PT. A esquerda administrando, a tendência é cair. O Nordeste é Brasil!”, comentou.
A última vez que o PT perdeu uma eleição presidencial no Nordeste foi em 1998, quando os nordestinos optaram por Fernando Henrique Cardoso, reeleito no primeiro turno em todo o país. De 2002 para cá, o Partido dos Trabalhadores venceu com larga folga as disputas para presidente.
Entenda o caso
Lula venceu Bolsonaro de 48,4% contra 43,2% no primeiro turno e esse desempenho ocorreu por conta da larga vantagem do petista no Nordeste. No Piauí, por exemplo, o ex-presidente conquistou 74,2% dos eleitores, enquanto o atual mandatário recebeu 20,0%.
Na Bahia, Lula conquistou 69,7% ante 24,3% de Bolsonaro. Esses índices se estenderam em outros estados nordestinos, o que gerou revolta nos bolsonaristas, que passaram a praticar ataques nas redes sociais.
Segundo turno
Bolsonaro vai focar no estado de São Paulo para virar o jogo e ser reeleito presidente do Brasil. O chefe do executivo também pediu que sua equipe se esforce em Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Já Lula tem trabalhado para conquistar o apoio de Simone Tebet (MDB). O petista também viajará com maior frequência em Minas Gerais, além de buscar a ampliação da sua vantagem no Nordeste.
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