O Tribunal de Contas da União (TCU) tem realizado auditorias das urnas eletrônicas de todo o Brasil seguindo os padrões da Organização Internacional das Instituições Superiores de Controle (Intosai). Ministros do tribunal acreditam que o processo vai ser importante para desarmar possíveis narrativas de auditoria paralela que os militares também vão fazer no dia das eleições .
As auditorias realizadas pelo TCU não são apurações paralelas, já que todas as etapas ocorrem com cooperação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) . A expectativa é que a auditoria fique pronta em novembro, mas os ministros consideram acelerar o processo diante da preocupação da circulação de informações paralelas.
Internamente, a auditoria do TCU é chamada de "auditoria da auditoria", porque alcança mais urnas do que a dos militares.
De acordo com o tribunal, nestas eleições serão utilizadas 577 mil urnas . Desse número, 4.161 vão ser auditadas pelo TCU. Os militares vão fiscalizar 385 boletins de urnas.
Esta será a primeira vez que o TCU participa da auditagem dos boletins de urnas (BUs), que são relatórios impressos que contém as informações armazenadas nas urnas, com total de votos por partido e por candidato, por exemplo.
Vias impressas dos BUs serão recolhidas nas seções eleitorais pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), que as encaminharão ao TSE. A Corte, por sua vez, vai as entregar ao TCU, para que os auditores possam comparar as informações do documento físico com as que serão disponibilizadas pelo TSE.
No total, mais de 200 auditores serão mobilizados para o dia das eleições, mas, caso precise, o tribunal não descarta um número ainda maior.
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