O líder norte-coreano Kim Jong-un apelou ao fortalecimento nuclear e avisou que não hesitará em “aniquilar” a Coreia do Sul, o “principal inimigo” do país, informou a agência de notícias oficial KCNA nesta quarta-feira (10).
A declaração foi dada durante uma visita do ditador a várias fábricas de armas e munições na Coreia do Norte, acompanhado por altos funcionários do partido e do Exército.
Segundo a agência, Kim declarou que a prioridade de Pyongyang deve ser “fortalecer, em primeiro lugar, as capacidades militares de autodefesa e dissuasão nuclear”.
Além disso, afirmou que seu país não iniciará um conflito “unilateralmente”, mas também “não pretende evitar uma guerra”.
“Se a Coreia do Sul usar as suas forças armadas contra a Coreia do Norte ou ameaçar a sua soberania e segurança, não hesitaremos em aniquilá-la”, garantiu.
As duas Coreias ainda estão tecnicamente em guerra desde o fim do conflito em 1953, que terminou com um armistício e não com um tratado de paz. Durante mais de 70 anos, a península viveu períodos alternados de altas tensões e relativo relaxamento. No entanto, atualmente, a relação está no nível mais baixo em décadas.
No ano passado, a Coreia do Norte assinou o seu estatuto de potência nuclear e lançou vários mísseis balísticos intercontinentais, em violação das resoluções das Nações Unidas.
Os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão também acusam Pyogyang de violar as sanções internacionais ao enviar mísseis para a Rússia, país em guerra com a Ucrânia.