Hoje, a Coreia do Norte é comandada pelo ditador Kim Jong-Un, com mão de ferro. E as pessoas não têm acesso nem mesmo às informações sobre o que acontece fora do país.
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Hoje, a Coreia do Norte é comandada pelo ditador Kim Jong-Un, com mão de ferro. E as pessoas não têm acesso nem mesmo às informações sobre o que acontece fora do país.

Coreia do Norte disparou cerca de 200 projéteis de artilharia próximos a duas ilhas sul-coreanas, conforme comunicado do governo de Seul nesta sexta-feira (5), alertando sobre a ameaça à paz na região.

O governo chinês pediu "contenção" a todas as partes e para evitarem uma escalada, enquanto a Coreia do Sul condenou o ato como uma provocação que põe em risco a paz na Península Coreana.

Os habitantes das duas ilhas sul-coreanas receberam ordens de evacuação devido a uma das mais sérias escaladas militares na península desde 2010, quando Pyongyang lançou uma série de projéteis.

O Ministério da Defesa sul-coreano informou: "O exército norte-coreano disparou cerca de 200 tiros hoje, das 9h00 às 11h00, nas áreas de Jangsan-got, no nordeste da ilha de Bangnyeong, e nas áreas ao norte da Ilha Yeonpyeong."

"A Coreia do Norte é totalmente responsável por esta crise crescente. Exigimos fortemente que cesse imediatamente essas ações", acrescentou.

A Marinha sul-coreana realizou um exercício de munição real na ilha fronteiriça de Yeonpyeong em resposta aos tiros da Coreia do Norte, conforme noticiado pela agência de notícias Yonhap.

As autoridades das ilhas de Bangnyeong e Yeonpyeong ordenaram evacuações como medida preventiva, afirmaram autoridades à AFP. Yeonpyeong fica no Mar Amarelo, cerca de 80 km a oeste de Incheon e 12 km ao sul da costa da província norte-coreana de Hwanghae.

"Primeiro pensei que fossem projéteis disparados pelos nossos militares... mas depois disseram-me que era a Coreia do Norte", disse Kim Jin-soo, morador de Bangnyeong, ao canal YTN.

Kim Jong-un assegurou que isso "faz parte do avanço na nuclearização da Marinha". As tensões entre as Coreias aumentaram após Kim Jong Un inscrever na Constituição a ambição do país como potência nuclear e testar mísseis balísticos intercontinentais.

Durante uma reunião política de final de ano, Kim alertou sobre a possibilidade de um ataque nuclear do Sul e pediu um reforço no arsenal militar, referindo-se a um conflito que disse poder "estourar a qualquer momento".

Horas antes do lançamento dos projéteis, Kim pediu um aumento na produção de lançadores de mísseis, preparando-se para um "confronto militar" com a Coreia do Sul e os Estados Unidos.

A agência oficial KCNA mostrou Kim em uma fábrica de lançadores eretores móveis (TELs) usados para os mísseis balísticos intercontinentais. Ele exortou a um esforço para "aumentar a produção" e preparar-se "para um confronto militar com o inimigo".

Na quinta-feira, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA afirmou que a Coreia do Norte forneceu mísseis com um alcance de 900 km à Rússia, alguns dos quais foram usados em ataques contra a Ucrânia.

Kim elogiou os trabalhadores da fábrica, mencionando que superaram a "meta de produção da TEL" estabelecida pelo partido no poder em 2023. Este feito foi alcançado depois que, em 2023, o Norte lançou um satélite de reconhecimento após, de acordo com a Coreia do Sul, receber assistência da Rússia em troca do envio de armas para a Ucrânia.

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