
O deputado e líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT), fez críticas a Hugo Motta (Republicanos) em um post no X.
Lindbergh Farias afirmou que considera a posição do presidente da Câmara dos Deputados "imatura" e diz que nunca "agiu na surdina".
“Considero imatura a posição do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. Política não se faz como clube de amigos. Minhas posições políticas são transparentes e previsíveis. Sempre atuei de forma clara e com posições coerentes, nunca na surdina e erraticamente, como agiu o presidente da Câmara na derrubada do IOF, na PEC da Blindagem e na escolha do deputado Guilherme Derrite como relator de um PL de autoria do Poder Executivo”.
Ele ainda complementou dizendo: “Se há uma crise de confiança na relação entre o governo e o presidente da Câmara, isso tem mais a ver com as escolhas que o próprio Hugo Motta tem feito. Ele que assuma as responsabilidades por suas ações e não venha debitar isso na minha atuação como líder da Bancada do PT”.
A declaração de Lindbergh ocorre logo após Hugo Motta ter afirmado que rompeu laços com o líder do PT na Casa. "Não tenho mais interesse em ter nenhum tipo de relação com o deputado Lindbergh Farias", declarou à Folha de São Paulo.
A tensão entre os dois parlamentares teve início com a escolha de Guilherme Derrite (PP) para a relatoria do PL Antifacção.
Guilherme Derrite se licenciou do cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo, no governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), apenas para relatar o projeto, enviado originalmente pelo Poder Executivo.
A escolha do parlamentar gerou atritos com o governo. No entanto, mesmo com toda a polêmica e a falta de consenso entre o relator, líderes dos partidos, Governo Federal e representantes das forças de segurança, Motta bancou a votação da proposta.
O episódio de agravamento das relações entre Lidbergh e Motta também ocorre em um momento de atrito entre o Planalto e o Senado.
Na última quinta-feira (20), o presidente Lula indicou para a vaga de Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF) o nome de Jorge Messias.
A escolha contrariou as expectativas do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), que trabalhava pelo nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD).