
O ministro Alexandre de Moraes autorizou um encontro cara a cara entre o general Walter Braga Netto e o tenente-coronel Mauro Cid, marcado para próxima terça-feira (24), no Supremo Tribunal Federal.
A medida faz parte das investigações sobre os atos de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram os prédios do Congresso, do STF e do Palácio do Planalto.
No mesmo dia, também está prevista uma acareação entre o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o general Marco Antônio Freire Gomes.
As duas ações foram aprovadas após os interrogatórios dos investigados, que terminaram na semana passada. Além das acareações, Moraes autorizou novas análises técnicas, pedidos de documentos e cruzamentos de informações feitos por algumas defesas.
Entre os pedidos aceitos, está o envio de ofícios ao Comando da Marinha, para confirmar a data de uma operação militar em 2021, e ao Google Brasil, para apurar dados sobre a inclusão de uma minuta que falava em decretar Estado de Defesa.
Também foi liberada uma perícia no documento encontrado na casa de Anderson Torres, para comparar com outros textos mencionados na investigação.
Moraes negou pedidos de prorrogação de prazos feitos por Augusto Heleno, Mauro Cid e Braga Netto. Também recusou a tentativa de Bolsonaro de suspender o processo até o fim de outras investigações. Segundo o ministro, esses pedidos foram feitos apenas para atrasar o andamento do caso.
Entre os documentos que não serão enviados estão os pedidos já atendidos anteriormente ou informações que já constam no processo. É o caso de um ofício à Abin e de dados da empresa Meta, que já tinham sido liberados em decisões anteriores.
Investigados

Além de Bolsonaro, também são alvos da investigação nomes ligados ao governo anterior, como os generais Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira e Augusto Heleno, além do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem.
A ação está na fase final da apuração. Moraes analisa os últimos pedidos antes de encaminhar o caso para julgamento.