Deputada se tornou ré por ter perseguido, armada, um homem negro apoiador do presidente Lula (PT)
Agência Brasil
Deputada se tornou ré por ter perseguido, armada, um homem negro apoiador do presidente Lula (PT)

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a 5 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal.

Além disso, a maior parte dos ministros da Corte também foi favorável à cassação do mandato de Zambelli como uma das consequências da condenação, o que só poderia ocorrer no fim do processo, após todos os recursos.

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O julgamento, no entanto, foi suspenso após um pedido de vista do ministro Nunes Marques, que tem até 90 dias para analisar o caso. A votação ocorre no plenário virtual da Corte.

A maioria foi formada a partir do voto do ministro Dias Toffoli, que antecipou sua posição após o pedido de vista do ministro Nunes Marques.

Relembre o caso

Zambelli se tornou ré no STF por sacar uma arma e perseguir um homem desarmado na véspera das eleições de 2022, em uma rua dos Jardins, bairro nobre de São Paulo. A vítima era apoiadora do então candidato Lula (PT).

O relator do caso, ministro Gilmar Mendes, disse que a ação da deputada teve “elevado grau de reprovabilidade”, por colocar em risco outras pessoas próximas à ocorrência.

Para o ministro, mesmo que a vítima tenha iniciado a discussão e ofendido a deputada, a reação armada não pode ser considerada legítima. “A legislação penal prevê formas específicas para lidar com crimes contra a honra e ameaças, sem legitimar qualquer retaliação armada”, pontuou.

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Em sua defesa, Zambelli alegou que foi intimidada e jogada no chão por um grupo de pessoas. Ainda, disse que a arma foi apontada apenas para conter os homens até a chegada da polícia.

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