A embaixada do Brasil na Argentina começou a receber, na tarde desta quarta-feira (16), os pedidos de extradição solicitados pelo ministro Alexandre de Moraes, relacionados a brasileiros investigados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2024.
Ao todo, foram emitidos 63 pedidos, que estão sendo tratados de forma individual. Até o início da tarde, a embaixada em Buenos Aires já havia recebido 37 desses pedidos. As informações são da GloboNews .
O processo de extradição é longo e segue várias etapas antes que a Argentina decida sobre o envio dos brasileiros de volta ao Brasil. Primeiramente, a decisão de Moraes foi analisada pelo Ministério da Justiça, que verificou se a ordem estava em conformidade com as regras locais e com o acordo de cooperação Brasil-Argentina.
Em seguida, cada pedido foi encaminhado ao Ministério das Relações Exteriores, que repassou os documentos à embaixada brasileira em Buenos Aires. A embaixada, por sua vez, deve enviar os pedidos à chancelaria da Argentina, que acionará a Justiça local para o julgamento das extradições.
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Até o momento, nenhum dos 63 brasileiros na lista de extradição foi reconhecido como refugiado pela Argentina. Caso isso ocorra, de acordo com as normas do direito internacional, a pessoa considerada refugiada não pode ser extraditada.
Segundo informações da Polícia Federal (PF), os brasileiros foragidos conseguiram entrar na Argentina sem passar pelas autoridades de fronteira, utilizando métodos como entrar em porta-malas de carros, atravessar rios ou ingressar a pé pelo território. A PF investiga a possibilidade de que cerca de 180 indivíduos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 estejam foragidos na Argentina, Uruguai e Paraguai.
Os investigadores também não descartam a hipótese de que os foragidos tenham solicitado asilo na Argentina ou cruzado as fronteiras para o Uruguai e o Paraguai, sendo que a passagem, especialmente pela Ponte da Amizade, é considerada facilitada.
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