O senador e ex-juiz da Operação Lava-Jato Sergio Moro (União Brasil) saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após ele ser indiciado pela Polícia Federal no inquérito que investiga a venda ilegal de joias no exterior nesta quinta-feira (4).
Moro fez uma comparação entre a situação de Bolsonaro e a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que o petista não foi indiciado "por se apropriar de presentes" recebidos em seus mandatos anteriores.
"Mesmo durante a Lava Jato tudo foi tratado como uma infração administrativa dada a ambiguidade da lei. Os crimes foram outros. Há uma notável diferença de tratamento entre situações similares", disse o senador nas redes sociais.
As redes sociais também foram palco para manifestações da oposição: a base do presidente Lula comemorou a notícia e, em tom de ironia, fez publicações sobre a proximidade da possível prisão do ex-mandatário.
Gleisi Hoffmann, presidente do PT, disse que o desfecho da investigação representa "apenas uma das muitas contas que ele terá de prestar pelos crimes que cometeu contra o país". "Quem está a caminho do banco dos réus é você", falou a deputada.
Outro aliado do petista, Lindbergh Farias (PT-RJ) publicou um vídeo em que afirma que o ex-capitão será preso por "uma série de crimes".
"Aí é comprar a pipoca e ir para a frente da televisão para assistir esse primeiro julgamento", disse.
Entenda
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado nesta quinta-feira (4) por peculato (apropriação de bens públicos), associação criminosa e lavagem de dinheiro no inquérito das joias. A Polícia Federal encaminhou o relatório com detalhes dos crimes ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, relator do caso.
Segundo as investigações da PF, o ex-presidente recebeu as joias de líderes sauditas durante seu mandato e começou a negociá-las nos Estados Unidos a partir de junho de 2022.
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