Washington Reis, secretário estadual de Transportes
Reprodução: Flickr - 10/09/2022
Washington Reis, secretário estadual de Transportes

O secretário estadual de Transportes e ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB), é um dos alvos da Polícia Federal (PF) na segunda fase da Operação Venire, deflagrada nesta quinta (4) , que investiga supostas fraudes contra o sistema de vacinação do Ministério da Saúde. 

Reis se tornou um dos alvos da PF após o órgão identificar que sistemas do Ministério da Saúde registraram a  aplicação de 2 doses da vacina contra a Covid no ex-residente Jair Bolsonaro (PL) no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias em 13 de agosto e 14 de outubro de 2022, para garantir a entrada do ex-mandatário, familiares e auxiliares próximos nos Estados Unidos, que exigia a vacinação para entrada no país.

Quem é Washington Reis

Nascido em Xerém, Washington Reis trabalha atualmente na secretaria de Transportes do Rio de Janeiro. Sua carreira política se iniciou em 1992, quando foi eleito vereador de Duque de Caxias. 

Em 1994, se tornou deputado estadual pelo PSC, e se reelegeu em 1998 e em 2002.

Em 2004, tornou-se prefeito de Duque de Caxias pelo PMDB. Ele não se reelegeu em 2008, mas assumiu o cargo de subsecretário estadual de Obras Metropolitanas do Rio de Janeiro. 

No ano seguinte, ele se candidatou a deputado federal, sendo eleito com mais de 130 mil votos, tornando-se um dos dez mais votados do estado. Em 2014, foi reeleito para seu segundo mandato, que renunciou em 2017 para assumir como prefeito de Duque de Caxias.

Em 2022, Reis deixou a prefeitura de Caxias para se candidatar ao Senado pelo estado do Rio de Janeiro. Entretanto, se candidatou a vice-governador na chapa de Cláudio Castro (PL), mas foi impossibilitado de seguir a candidatura após ser indeferida pelo TRE-RJ, pois foi condenado por crime ambiental em 2016 no Supremo Tribunal Federal.

Ainda assim, assumiu como secretário estadual de Transporte e Mobilidade Urbana do Rio em janeiro de 2023.

Crime ambiental

Em dezembro de 2016, Reis foi condenado por unanimidade pelo STF  a sete anos e dois meses em regime semi-aberto por crime ambiental, além de multa equivalente a 67 salários mínimos. A condenação resultou de sua participação na divisão de terrenos para a construção de um loteamento em Xerém, próximo à Reserva do Tinguá.

As obras, que começaram em 2003, envolveram desmatamento de encostas e áreas de preservação permanente, além de terraplanagem em áreas próximas a rios. Segundo a decisão, o político ignorou várias notificações de infração e embargos.

Investigação da PF

Em 2022, uma investigação da Polícia Federal revelou suspeitas de desvio de verbas na Saúde durante o mandato de Reis como prefeito de Duque de Caxias. Ele foi acusado de facilitar atividades de uma organização criminosa que teria desviado R$ 563 milhões na cidade.

A PF cegou a apreender um fuzil e 700 mil reais em dinheiro vivo na casa do ex-secretário de saúde da cidade.

Devido à investigação, Reis teve sua candidatura como vice-governador indeferida pelo TRE-RJ, que se somou à condenação por crime ambiental em 2016.

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