Lula disse, anteriormente, que não queria
Agência Brasil
Lula disse, anteriormente, que não queria "remoer o passado" da ditadura

O presidente Lula (PT) anulou, nesta quinta-feira (4), um ato publicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que encerrou as atividades de uma comissão que investiga as mortes na ditadura militar brasileira. O despacho foi publicado hoje no Diário Oficial.

O texto derruba outro despacho de Jair Bolsonaro, publicado em dezembro de 2022, que aprovou o relatório final da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Na prática, o ato do ex-mandatário finalizou as atividades do grupo.

Lula disse que não queria  "remoer o passado" da ditadura em fevereiro deste ano. Em março, quando o golpe de 1964 completou 60 anos , o presidente que afirmou não seria necessário um ato oficial em memória da Ditadura Militar. 

O chefe do Executivo, que foi preso durante o regime militar, foi criticado pela posição. O próprio partido do mandatário, o PT, divulgou uma nota apoiando os atos que relembraram a ditadura militar.

"O que eu não posso é não saber tocar a história para frente, ficar remoendo sempre, remoendo sempre. Ou seja, é uma parte da história do Brasil que a gente ainda não tem todas as informações, porque tem gente desaparecida ainda, porque tem gente que pode se apurar. Mas eu, sinceramente, eu não vou ficar remoendo e eu vou tentar tocar esse país para frente", disse Lula em entrevista à Rede TV em fevereiro.


Lula era cobrado pela volta da comissão

Desde que iniciou o terceiro mandato, o petista era cobrado pelos membros do governo, principalmente por parentes de vítimas da ditadura e pelo ministro Sílvio Almeida pela volta da comissão. O ministro dos Direitos Humanos e Flávio Dino, na época ministro da Justiça, comprometeram-se a reativar a comissão em 25 de outubro do ano passado — data que marcou os 48 anos desde o assassinato do jornalista Vladimir Herzog.

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