Da esquerda para a direita: André Fufuca (Esportes), Celso Sabino (Turismo), Juscelino Filho (Comunicações) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos)
Montagem iG / Reprodução
Da esquerda para a direita: André Fufuca (Esportes), Celso Sabino (Turismo), Juscelino Filho (Comunicações) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos)

A ' PEC das Praias ', projeto que prevê a privatização de lotes à beira-mar e que causou rebuliço no Congresso e nas redes sociais, recebeu votos favoráveis de quatro ministros do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quando eles atuavam como deputados, em 2022.

Votaram a favor da PEC os ministros André Fufuca (Esportes), Celso Sabino (Turismo), Juscelino Filho (Comunicações) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos).

Já Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Paulo Pimenta (Reconstrução do RS) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) foram contrários.

O texto foi aprovado por 389 votos a favor ante a 91 contrários na Câmara dos Deputados.

Em nota, o Ministério das Comunicações justificou a posição de Juscelino Filho e diz que o voto favorável foi baseado "nas circunstâncias e no contexto político da época", e que hoje ele "reafirma o seu alinhamento com as diretrizes atuais do governo".

Padilha: Governo vai trabalhar para barrar PEC das praias

Nesta segunda-feira (3), Padilha disse a jornalistas que o  governo vai trabalhar para impedir o avanço da PEC das praias.

“O governo tem posição contrária a essa proposta. O governo é contrário a qualquer programa de privatização das praias públicas, que cerceiam o povo brasileiro de poder frequentar essas praias. Do jeito que está a proposta, o governo é contrário a ela”, disse o ministro.

De autoria do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), a PEC das Praias, como ficou conhecida, prevê a retirada do domínio da União sobre os terrenos à beira-mar. Estes lotes seriam privatizados, ou seja, vendidos para empresas e pessoas que já ocupam a área. Com isso, deixariam de ser compartilhados entre o governo e os ocupantes e teriam apenas um proprietário, como um hotel ou resort.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2022 voltou a ser discutida no Senado Federal na última semana, por meio de audiências públicas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. A PEC ainda precisa passar em votação na CCJ e depois no plenário do Senado para ser aprovada.

“Foi bom ter tido essa audiência pública [na semana passada]. Teve o debate, pode ter outras audiências. O governo é contrário à proposta do jeito que está neste texto. Vamos trabalhar [contrariamente] na Comissão de Constituição e Justiça. Tem muito tempo para discutir na CCJ”, disse Padilha.

Quer ficar por dentro das principais notícias do dia?  Clique aqui e faça parte do nosso canal no WhatsApp.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!