A Justiça Eleitoral deu um prazo de 48h para que que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o YouTube retirem do ar o vídeo em que ele aparece explicitamente pedindo votos para o pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL).
A decisão é desta quinta-feira (2) e atende uma liminar do Partido Novo, uma das legendas que acionou a Justiça Eleitoral depois que da fala do chefe do Executivo durante o evento de 1º de Maio, no estádio do Corinthians, na Zona Leste da capital paulista.
O juiz eleitoral não acatou o pedido de determinar que Lula ou Boulos se abstenham de novo ato de campanha e divulgação em redes sociais fora do período eleitoral porque isso já é proibido pela lei eleitoral.
Ato do 1º de Maio
No dia do trabalho, Lula e ministros foram a São Paulo (SP) participar de um ato organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras centrais sindicais.
A fala de Lula pela qual ele pode ser punido pela Justiça Eleitoral aconteceu em meio a um dos discursos do mandatário.
No palco, Boulos foi chamado de candidato, mesmo a candidatura oficial acontecendo só em julho, de acordo com o calendário eleitoral. “Ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições. E eu vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula, em 1989, em 1994, em 1998, em 2006, em 2010 e em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”, disse o chefe do Executivo, enquanto levantava um dos braços do psolista.
Outro momento importante do evento foi a sanção do presidente a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 2.824, o equivalente a dois salários mínimos. A medida já estava valendo como medida provisória, uma vez que foi aprovada pelo Congresso, mas agora passa a ter força de lei.
Críticas à organização
Em um determinado momento, Lula demonstrou descontentamento com a quantidade de pessoas que foram até a Neo Química Arena, dizendo que foi "mal convocado."
“Não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar. De qualquer forma, eu estou acostumado a falar com mil, com um milhão, mas se for necessário falo com a senhora maravilhosa que está ali na minha frente", falou o chefe do Executivo federal, dirigindo-se a uma mulher no público.
Inicialmente, o ato foi organizado pelas centrais sindicais e aconteceu em sete capitais. O governo Lula se integrou à organização apenas na última terça-feira (30). O ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Costa Macedo foi um dos responsáveis. Lula também reconheceu que não houve o esforço necessário para mobilizar a quantidade de pessoas desejada.
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