O ministro do STF Alexandre de Moraes e o bilionário Elon Musk
Reprodução/Instagram
O ministro do STF Alexandre de Moraes e o bilionário Elon Musk

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)  Alexandre de Moraes  deu 5 dias para o  X (antigo Twitter) explicar o descumprimento de ordens judiciais apontadas por um relatório da Polícia Federal (PF). A determinação aconteceu no último sábado (20). 

O que diz a PF

No relatório enviado ao STF, a Polícia Federal indica que a rede social permitiu transmissões ao vivo de pelo menos seis perfis bloqueados por determinação do ministro. 

Segundo esses relatórios, as transmissões ao vivo dos perfis suspensos estão autorizadas desde 8 de abril — dois dias depois de o empresário bilionário sul-africano Elon Musk, dono do X, indicar que poderia descumprir determinações do ministro.

“Diante do exposto, verificou-se que a rede social X, apesar de bloquear as postagens feitas e recebidas pelos investigados em seus canais, ao autorizar a transmissão de conteúdo ao vivo, permitiu o uso de sua plataforma, desde o dia 08 de abril de 2024, pelos seguintes perfis: @RConstantino; @realpfigueiredo; @eustaquiojor e @marcosdoval, @allanldsantos e @tercalivre”, disse a PF.

Uso do Spaces

Para os investigadores, o "Spaces", um dos recursos do X, está sendo usado para "permitir que usuários brasileiros da plataforma possam interagir com pessoas que tiveram seus perfis bloqueados por decisão judicial".

Os investigadores afirmaram que há uma “reorganização” da milícia digital “com a reativação dos perfis na plataforma X, por meio da disponibilização aos usuários brasileiros de links para acompanharem lives transmitidas fora do país pelos investigados”.

As postagens feitas pelos perfis fora do Brasil estariam incitando seus seguidores e “atacando os poderes constituídos (STF, TSE e Senado), demonstram que os investigados nunca cessaram suas condutas criminosas”, afirmou a PF.

Moraes x Musk

Elon Musk e o X foram incluídos no inquérito das milícias digitais no início de abril, após o dono da rede social declarar em seu perfil que desobedeceria às restrições impostas pela justiça brasileira.

empresário também fez uma série de acusações a Moraes na plataforma, entre elas a de que o ministro teria traído a Constituição e o povo brasileiro. Após os ataques, Moraes foi citado em um relatório produzido por congressistas norte-americanos do partido Republicano.

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