O ministro do STF Alexandre de Moraes e o bilionário Elon Musk
Reprodução/Instagram
O ministro do STF Alexandre de Moraes e o bilionário Elon Musk


A briga entre o bilionário Elon Musk e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, ganhou um novo nesta quarta-feira (17) após uma série de declarações e trocas de acusações nas redes sociais. O empresário usou sua conta no Twitter para reagir à notícia de que o magistrado teve um encontro surpresa com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados.

O bilionário afirmou "Poder ao povo", em referência ao episódio. O ministro, por sua vez, criticou o funcionamento das redes sociais no Brasil durante sua participação no Senado, mencionando que "éramos felizes e não sabíamos", em alusão à influência negativa das plataformas digitais no Brasil.

Essa troca de comentários não é um episódio isolado. Nas últimas semanas, Musk e Moraes têm protagonizado uma guerra virtual intensa. O bilionário chegou a chamar o ministro de "ditador" e ameaçou reativar todas as contas bloqueadas no Twitter por ordem judicial. Em resposta, o magistrado incluiu o executivo no inquérito das mídias digitais e do 8 de janeiro.

A disputa tem como pano de fundo questões relacionadas à liberdade de expressão e à regulação das redes sociais. Musk defende a liberdade de expressão, mas sua postura é questionada por não se manifestar sobre casos de censura em países como China, Arábia Saudita e Índia, onde possui interesses comerciais.

Por outro lado, Moraes defende a necessidade de uma regulamentação das redes sociais para evitar crimes virtuais, disseminação de fake news e discursos de ódio que possam ameaçar as instituições democráticas do país.

A polarização em torno desse tema não se limita apenas aos protagonistas diretos do embate. Enquanto bolsonaristas tendem a apoiar Elon Musk, políticos de esquerda e centro-direita defendem a tese do ministro Alexandre de Moraes.

O debate sobre a regulamentação das redes sociais também ganhou destaque na Câmara dos Deputados, com a remoção de Orlando Silva (PCdoB-SP) da relatoria do projeto.

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