O Ministério Público Eleitoral (MPE ) emitiu um parecer favorável à cassação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e de seu vice, Thiago Pampolha (MDB), por abuso de poder. A decisão do MPE diz respeito à ação apresentada por Marcelo Freixo , atual presidente da Embratur e candidato derrotado na eleição de 2022.
Castro e Pampolha são acusados de práticas ilícitas eleitorais envolvendo o financiamento de projetos e programas da Fundação Ceperj (Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
De acordo com o MPE, as irregularidades apontadas incluem mais de 20 mil contratações temporárias sem processo seletivo. Além da cassação, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) se manifestou a favor da inelegibilidade de Castro, Pampolha e do ex-presidente da Fundação Ceperj Gabriel Rodrigues Lopes, até 2030.
"Não se mais discute aqui o fato de que a máquina pública foi manejada em ano eleitoral, com evidente desvio de finalidade. A ampliação e alteração dos projetos, a forma como foram executados de molde a beneficiar eleitores e cabos eleitorais demonstra de forma evidente que o poder de autoridade foi usado em prol da alavancagem da candidatura dos dois primeiros investigados [Castro e Pampolha]", diz o parecer.
Com o processo em andamento, a expectativa é que o TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) possa finalizar o julgamento do processo nas próximas semanas.
Em nota, Castro afirmou que "confia na Justiça Eleitoral e acredita que será respeitada a vontade de quase 5 milhões de eleitores que deram ao governador a vitória nas urnas em primeiro turno".
O governador ainda disparou críticas ao rival. "É lamentável que o então adversário Marcelo Freixo não aceite, passado um ano e meio do processo eleitoral, a decisão soberana da população fluminense", completou.
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