Previsto para ser inaugurado nesta quarta-feira (27), a Justiça de São Paulo suspendeu o início das atividades do sistema de "ônibus aquático" na cidade. O projeto, que foi nomeado "Aquático São Paulo", prevê a ligação de bairros da zona sul da capital paulista.
O pedido foi feito pelo Ministério Público, que solicitou à gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) a necessidade de um maior estudo sobre os impactos ambientais que o projeto causaria na represa Billings.
O prefeito havia anunciado no começo do mês de março sobre o início das operações do veículo aquático. Duas embarcações, com lotação máxima de 60 passageiros fariam o percurso que liga o bairro Cantinho do Céu (Grajaú) e Parque Mar Paulista (Pedreira). No transporte rodoviário, o percurso de 17,5 km demora cerca de 80 minutos e duas viagens em linhas de ônibus diferentes.
"Não se afigura razoável que tal implantação seja feita de forma precipitada, sem as cautelas necessárias para evitar potenciais danos a um dos principais reservatórios de água do Estado de São Paulo", disse o juiz Antonio Augusto Galvão de França, em sua decisão.
Em nota, a gestão Nunes disse: "O novo sistema está previsto em lei de autoria do prefeito Ricardo Nunes, quando vereador, foi elaborado junto a FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo)". A decisão tomada pela Justiça de São Paulo cabe recurso.
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