A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caiu em quase todas as pesquisas divulgadas recentemente, como é o caso da Ipec, divulgada nesta sexta-feira (8). Uma análise mais minuciosa do levantamento, contudo, mostra que os dados preocupantes para o governo estão na considerável queda na avaliação da administração por parte das mulheres.
Enquanto Lula almoçava com as ministras mulheres, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o Ipec mostrava que o desempenho do presidente junto ao sexo feminino caiu consideravelmente no mês de março. De acordo com o levantamento, 33% das mulheres entrevistadas aprovam a administração do petista nesses primeiros 14 meses de mandato.
A queda foi de 7 pontos percentuais, já que na última pesquisa realizada pelo mesmo Instituto, feita em dezembro do ano passado, o presidente contava com a simpatia de 40% do eleitorado feminino. Com isso, a aprovação entre as mulheres caiu quase 20%, número considerado alto pelo período de apenas 3 meses e bem acima da margem de erro, que é de apenas 3%.
Lula sempre contou com o apoio majoritariamente feminino, desde o período de eleições. Em 2022, segundo dados de vários institutos de pesquisa, ele venceu o então presidente Jair Bolsonaro (PL) por uma pequena margem de menos de 2% que teria sido construído por conta da simpatia das mulheres para seu plano de governo e também pela resistência que Bolsonaro ainda tem entre elas.
Em todas as pesquisas aferidas no mandato do petista, o apoio feminino sempre se mostrou muito superior ao masculino, inclusive na liberada pelo Ipec. Isso faz com que, embora em queda, a aprovação de Lula continue superior a sua reprovação, mesmo que se aproxime perigosamente da linha que pode colocar a maioria reprovando o terceiro mandato presidencial.
Até o momento não houve um diagnóstico por parte do governo para explicar a queda, já que ela não foi representada apenas por um, mas por praticamente todos os institutos. Nos bastidores, o Planalto trabalha com a pequena gordura adquirida ao longo do mandato e que garante maior aprovação para tentar ampliar este dado nos próximos meses.