Ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), Filipe Martins passou por uma audiência de custódia nesta sexta-feira (9) e teve a prisão preventiva mantida. Um dos alvos da Operação Tempus Veritatis , Filipe foi o responsável por levar uma minuta golpista ao ex-presidente da República. Ele foi detido na casa de sua namorada, em Ponta Grossa, no Paraná.
Em nota, a defesa de Filipe Martins afirmou que a decisão de manter preso o ex-assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, tomada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), é "ilegal".
“Apesar de estar submetido a uma prisão ilegal, desprovida dos requisitos básicos para a imposição da prisão preventiva, e após uma audiência de custódia realizada em desconformidade com os prazos estabelecidos pela legislação, o Sr. Filipe Garcia Martins Pereira continua privado de sua liberdade”, argumentam os advogados João Vinícius Manssur e William Janssen.
Segundo STF, Filipe Martins apresentou a Bolsonaro uma minuta de um golpe de estado. No documento, o ex-presidente também ordenaria novas eleições e a prisão de algumas autoridades, como o ministro Alexandre de Moraes (STF) e o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD).
Operação
A operação da PF cumpriu quatro mandados de prisão preventiva, mas nenhum deles é para o ex-presidente Jair Bolsonaro. Os alvos foram: Filipe Martins (ex-assessor de Bolsonaro), Marcelo Câmara (coronel da reserva do Exército), Rafael Martins (major das forças especiais do Exército) e Bernardo Romão Corrêa Netto (Coronel do Exército). O último não foi detido porque está nos Estados Unidos.
Ao todo, a PF cumpriu 33 mandados de busca e apreensão. No caso do ex-presidente, Bolsonaro foi obrigado a entregar o seu passaporte e impossibilitado de falar com os outros investigados.