O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) prestou depoimento de menos de 1h na Superintendência da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro nesta terça-feira (30), em investigação referente a uma publicação feita por ele no ano passado nas redes sociais. Carlos chegou a Superintendência por volta das 9h50 e saiu em torno de 10h40, depois de ficar cerca de uma hora no local, segundo o UOL.
Nessa segunda-feira (29), a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços do filho de Jair Bolsonaro (PL), num desdobramento da operação que investiga o monitoramento clandestino de autoridades realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão de Alexandre Ramagem (PL-RJ). O depoimento não tem relação com essa operação.
Atualizando: indo depor por causa disso aqui. Qualquer outra linha de desinformação diferente disso é mais uma FAKENEWS! Um abraço! pic.twitter.com/1UvSsJnMl5
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) January 30, 2024
O depoimento atende à intimação da PF sobre uma postagem de Carlos Bolsonaro feita em 27 de agosto de 2023, na qual o vereador republica uma postagem com imagens do pai morto e frases sobre a possível ausência de investigação.
Ao repostar, Carlos escreve: "o seu guarda diretor aqui enxerga com outros olhos". A mensagem foi lida como uma ofensa ao atual diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
Operação da PF contra Carlos Bolsonaro
O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) foi alvo nesta segunda-feira (29) de operação da Polícia Federal (PF) relacionada ao caso que investiga a "Abin paralela".
Na última semana, as investigações tinham mirado o deputado federal Alexandre Ramagem, que foi diretor-geral da agência durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro.
As investigações da PF dizem respeito a uma suposta organização criminosa que teria se instalado na Abin durante o governo Bolsonaro. Denúncias apontam para o monitoramento ilegal de autoridades públicas e outros cidadãos, utilizando ilegalmente um sistema para rastrear a localização de dispositivos móveis, como celulares, sem autorização judicial.
O sistema em questão é o software First Mile, adquirido durante a gestão de Ramagem na Abin. Esses monitoramentos ilegais teriam sido feitos para benefício pessoal dos envolvidos.