Depois de uma suposta fraude ter sido responsável por filiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao PL
, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou neste sábado (13) que as filiações a partidos políticos terão uma segunda etapa de verificação, aumentando a segurança do sistema.
O Sistema de Filiação Partidária, também chamado de Filia, terá a partir de fevereiro um segundo fator de identificação através do e-Título, aplicativo utilizado por cidadãos durante as eleições.
"Todas as pessoas que operam o Filia com uso de senha passarão a utilizar também o e-Titulo para confirmar o acesso ao sistema. Para isso, esses usuários precisarão estar com a biometria cadastrada na Justiça Eleitoral. A autenticação de dois fatores é uma camada extra de proteção utilizada nos sistemas mais modernos atualmente", anunciou o TSE.
Na prática, na hora de inserir os dados de um novo filiado, o representante do partido deverá, além de utilizar senha de acesso, preencher uma informação que será solicitada na tela do sistema e deverá ser confirmada por meio do e-Título.
"O objetivo é aperfeiçoar os mecanismos de segurança já existentes e tornar cada vez mais protegidos os dados de eleitores filiados a partidos políticos no Brasil", explica o TSE.
A pedido do Tribunal, a Polícia Federal (PF) instaurou um inquérito para investigar a suposta fraude envolvendo o nome de Lula. Na quarta-feira (10), o ministro do TSE Alexandre de Moraes tinha enviado à PF um compilado de informações sobre o caso. De acordo com a apuração dos Técnicos da Corte, a inclusão de Lula no sistema de filiação do PL foi realizada com uma senha em nome de uma advogada que presta serviços ao partido.