Um jovem ex-soldado do Exército viralizou na internet ao relembrar os dias em que bolsonaristas acamparam nos quartéis pedindo uma intervenção federal após a insatisfação com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais de 2022.
Luisinho Fotocópia, como é conhecido na internet, fez vários vídeos falando sobre sua visão como soldado do Exército no período dos acampamentos. Segundo o jovem, foi "engraçado, chato e uma bobice".
"Como foi servir o exército bem no ano em que os bolsonaristas acamparam na beira dos quartéis. Sim, foi bem no meu ano. Se eu for definir em uma palavra eu diria que foi engraçado pra cacete", introduziu o tiktoker.
O ex-soldado conta ainda que nem os apoiadores de Bolsonaro que eram do Exército gostavam das pessoas que acampavam nos QGs.
"Veja bem meus amigos, era chato para caralho. A gente chegava todo santo dia e eles ficavam cantando a manhã inteira pra gente, cantos do Exército. Nem quem era bolsonarista gostava, todo mundo incrédulo com tamanha da bobice dos caras".
Luisinho conta que os manifestantes faziam comida no local e chegaram até fazer churrasco enquanto ele estava de guarda. O criador de conteúdo diz que eles eram "idiotas" por pensar que garotos de 18 e 19 anos iam salvar o Brasil.
"Teve um fato muito engraçado. Estavam todos lá na frente cantando e tava bem na hora da minha guarda, que era de tarde, aí chegou uns amigos meus adiantados umas 9:00 da noite, e eu fazia das 6:00 às 10:00, e a gente ficou literalmente jogando truco na frente deles e eles lá assim "meu Deus é o exército que vai salvar o Brasil". Se nem o general de vocês conseguiu fazer alguma coisa, porque caralhos vocês acham que a gente, atiradores obrigatórios, íamos fazer?", diz o ex-soldado.
"Uns marmanjos 50 anos, dono de empresa a obedecendo o Luizinho fotocópia. Mas era isso. Chato para caralho ouvir eles cantando e eles atrapalhando a passagem dos carros, mas era muito mais engraçado ver eles obedecendo a gente que nem um bando de idiota", diz o criador de conteúdo, ao finalizar o vídeo.
Os acampamentos tiveram relação direta com a invasão golpista de 8 de janeiro de 2023, que completa um ano nesta segunda-feira . Em Brasília, o local foi o epicentro dos atos, segundo o ex-comandante de operações da Polícia Militar do Distrito Federal, Jorge Eduardo Naime. A maioria dos invasores estava reunida no QG e se dirigiram à praça dos Três Poderes.