A facada em Sergio Moro
O Antagonista
A facada em Sergio Moro

A identidade do contato salvo WhatsApp de Sérgio Moro (União Brasil-PR) como "mestrão" é de Rafael Travassos Magalães, de 28 anos. Ele é auxiliar parlamentar do atual senador.

A conversa entre eles foi flagrada durante a sabatina que aconteceu na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)  ontem (13) e revelada pelo Estadão. 

Ainda segundo o jornal, eles trabalham juntos desde agosto deste ano, conforme verificado com pessoas próximas ao assessor. Ele recebe um salário de R$ 7.152,04.

Antes de assumir o cargo no gabinete de Sérgio Moro, Rafael trabalhou, de novembro de 2016 a outubro de 2018, com o deputado estadual do Paraná Ricardo Arruda. Lá, recebia um salário bem maior do que o atual, de R$ 19.551,64.

O agora assessor de Moro trabalha com redes sociais e é apontado como especialista dessa área no Paraná. Ele ganhou notoriedade ao assessorar o ex-deputado federal Fernando Francischini e seu filho, Felipe Francischini. No ano passado, atuou na campanha do União Brasil no Paraná.


Por que "mestrão"?

O apelido vem do fato de Rafael ter o costume de chamar as pessoas de “mestre” ou “super-mestre”, de acordo com o que as fontes do Estadão mostraram. 

Esquema de "rachadinha" no Paraná

Arruda é investigado por operar um esquema de “rachadinha” em seu gabinete, e “Mestrão” foi citado em uma apuração do Ministério Público do Paraná (MPPR) como uma das pessoas que teriam tido envolvimento com o esquema.

De acordo com o jornal O Globo, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou “operações financeiras suspeitas” em contas de funcionários que trabalharam para o deputado estadual, entre 2014 e 2019. “Mestrão” teria o hábito de realizar saques em espécie correspondente a 70% do seu rendimento na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), movimentações que teriam indícios de fracionamento, segundo os investigadores.

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