O PSD formalizou nesta sexta-feira (8) a indicação de membros para a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigará a atuação da Braskem em Alagoas. Os senadores escolhidos foram Omar Aziz (AM) e Otto Alencar (BA) como titulares, com Ângelo Coronel (BA) atuando como suplente.
Segundo informações da jornalista Daniela Lima, a CPI enfrenta desafios, já que fica a apenas dois membros do mínimo necessário para sua instalação, que é de 11 integrantes.
Inicialmente, a bancada baiana do Senado se mostrava contrária à comissão, preocupada com os impactos na Braskem e nos empregos (entre 6 mil e 8 mil) no polo petroquímico de Alagoas.
No entanto, uma mudança de cenário e a crescente pressão pública, somadas ao risco iminente de uma tragédia em Maceió, alteraram a posição da bancada baiana. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), comprometeu-se a apoiar a comissão diante do cenário crítico em Alagoas.
A previsão é de que a CPI seja instalada na terça-feira (12), conforme anunciado por Renan Calheiros (MDB-AL), um entusiasta da comissão.
O afundamento do solo provocado pela mina da Braskem, sob risco de colapso no bairro do Mutange, em Maceió, atingiu 2,06 metros de profundidade, de acordo com a última atualização da Defesa Civil de Alagoas.
Até o momento, cerca de 60 mil pessoas foram desalojadas devido à instabilidade no solo, que resultou em rachaduras em imóveis e crateras nas ruas.
Nas últimas 24 horas, o terreno afundou mais 5,7 centímetros, mantendo a cidade em alerta, enquanto o chão cede a uma velocidade aproximada de 0,23 cm por hora, um aumento de 0,02 cm em relação à última medição.