Paulo Gonet
Reprodução/Twitter
Paulo Gonet


O indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o cargo de Procurador-Geral, Paulo Gonet, está no centro de uma análise por parte do Senado, onde enfrentará o processo de sabatina e análise pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) antes da votação no plenário. A expectativa é que sua aprovação seja facilitada devido ao apoio que recebe de diferentes alas de senadores, incluindo conservadores.

Esse respaldo abrange não apenas políticos no Senado, mas também ministros do governo, deputados e até mesmo membros do Supremo Tribunal Federal, como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, sendo este último sócio de Gonet.

A diversidade de apoiadores pode representar uma vantagem para o indicado, demonstrando aceitação entre ministros influentes da Corte. No entanto, essa relação não está isenta de críticas, com parlamentares apontando o que chamam de ativismo judicial.

A trajetória profissional de Gonet é marcada por uma longa experiência no campo jurídico. Formado em Direito em 1982, trabalhou no gabinete do ministro do STF Francisco Rezek e ingressou no Ministério Público Federal em 1987.

Sua atuação como sócio do escritório Sergio Bermudes, ao lado de Guiomar Feitosa Mendes, esposa de Gilmar Mendes, adiciona um componente relevante à sua rede de apoio.

Ao longo dos anos, Gonet esteve envolvido em temas cruciais, como direitos fundamentais, jurisprudência do STF, controle de constitucionalidade, inconstitucionalidade e problemas constitucionais.

Seus posicionamentos em casos relevantes, como a defesa da prisão de Marcelo Odebrecht e a oposição à candidatura de Roberto Jefferson e Wilson Witzel, refletem a amplitude de sua atuação jurídica.

No entanto, seus posicionamentos polêmicos em temas sociais, como o aborto, as cotas e a homofobia, geram controvérsias. Ele já assumiu ser contrário a legalização do aborto, fez um texto crítico em 2002 sobre as cotas raciais e criticou o STF por criminalizar a homofobia.


 Além disso, sua defesa em casos que envolvem figuras políticas notórias, como a inelegibilidade de Arthur Lira e Jair Bolsonaro, adiciona um elemento político à sua imagem.

O histórico de Gonet inclui a aceitação de denúncia contra Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em 2016, seguida pela absolvição dos dois pela Segunda Turma do STF em 2018.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!