Ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Paulo Pimenta
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Ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Paulo Pimenta


O clima político entre Brasil e Argentina já dá indícios de possíveis conflitos com a vitória de Javier Milei nas eleições presidenciais, e a posição do Ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta (PT-RS), acrescenta um novo capítulo à dinâmica bilateral.

Durante a campanha, Milei não economizou em críticas a líderes políticos, e suas declarações ofensivas a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) agora se tornam alvo de atenção. Em um programa de televisão, o presidente eleito argentino chamou o petista de "comunista" e "corrupto", gerando reações e pedidos de esclarecimentos.

Paulo Pimenta não deixou a questão passar em branco e pediu publicamente que Milei emita um pedido de desculpas a Lula por suas ofensas consideradas "gratuitas" durante a campanha eleitoral.

O ministro brasileiro sugere que esse gesto seria um pré-requisito essencial para estabelecer uma relação diplomática entre os dois líderes.

“Eu não ligaria. Só depois que ele me ligasse para me pedir desculpa. Ofendeu de forma gratuita o presidente Lula, cabe a ele, num gesto como presidente eleito, ligar para se desculpar. Depois que acontecesse isso, eu pensaria na possibilidade de conversar”, declarou.

A vitória de Milei no segundo turno, derrotando o candidato apoiado por Alberto Fernández, aliado de Lula, adiciona um elemento adicional à complexidade das relações bilaterais.

Enquanto Lula optou por um posicionamento neutro durante o pleito argentino, abstendo-se de declarar apoio a qualquer candidato, membros do governo brasileiro e do PT eram favoráveis à candidatura de Sergio Massa, oponente derrotado de Milei.

Na noite do domingo, Lula parabenizou o povo e as instituições argentinas pela conclusão do processo eleitoral, entretanto, omitindo qualquer menção direta a Milei.


Essa neutralidade contrasta com a posição de Jair Bolsonaro, que afirmou ter conversado por telefone com o presidente eleito argentino, aceitou o convite para a posse em dezembro e teve o apoio público de seus aliados.

“Recebi agora telefonema de Javier Milei, onde o cumprimentei pela vitória, bem como fui convidado para sua posse. Hoje a Argentina representa muito para todos aqueles que amam a democracia e respiram liberdade”, publicou Bolsonaro nas redes sociais.

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